O que é economia comportamental?

A economia comportamental é um campo de estudo relativamente recente, cujo objetivo é estudar os impactos de fatores psicológicos e emocionais na economia

Atualizado em

Tempo de leitura · 3 min

Publicado em

A economia comportamental é um campo que tem como objeto de estudo os impactos de fatores psicológicos, sociais, cognitivos, emocionais e econômicos no mercado e nas decisões tomadas por indivíduos ou instituições.

Neste post, vamos falar um pouco mais sobre essa área, bem como dar alguns exemplos de aplicações da economia comportamental e mostrar como você pode usá-la para tomar melhores decisões.

Relacionadas:

O que é economia comportamental?

Como mencionamos, a economia comportamental estuda o comportamento econômico das pessoas e os fatores que têm impacto sobre ele.

Embora a área econômica esteja repleta de dados exatos e respostas únicas, há dentro dela uma presença humana que não segue o mesmo preceito. Pessoas nem sempre tomarão as decisões economicamente mais lucrativas ou vantajosas — muitas vezes, fazemos escolhas baseadas em emoções ou tendências, que podem não ser totalmente racionais.

Nesse sentido, a economia comportamental surgiu com o intuito de unir as descobertas da psicologia com a economia, a fim de criar modelos que descrevam de maneira mais realista as escolhas das pessoas.

De onde surgiu?

É um campo de estudo relativamente recente: os primeiros estudos a fazerem uso mais dedicado da psicologia cognitiva para explicar divergências e anomalias no processo de tomada de decisão têm cerca de 50 anos.

Dois trabalhos, especificamente, são considerados grandes marcos da economia comportamental: o primeiro, chamado de Teoria da Perspectiva, é de autoria dos psicólogos Daniel Kahneman e Amos Tversky e busca descrever de maneira mais realista o processo de decisão dos agentes corrigindo e explicando anomalias detectadas na teoria econômica tradicional.

O segundo é o trabalho do economista Richard Thaler, chamado “Toward a Positive Theory of Consumer Choice” (Rumo a uma Teoria Positiva de Escolha do Consumidor, em tradução livre), publicado já em 1980. Nele, o autor descreve uma série de anomalias não explicadas pelas áreas mais populares e estabelecidas da economia, abrindo um novo campo de estudo. Em 2017, o Thalerchegou a receber um Nobel de Ciências Econômicas por suas contribuições à economia comportamental.

Como a economia comportamental se relaciona com suas finanças?

Ela vai bem além das teorias. Tanto para quem quer montar um planejamento financeiro melhor quanto para alguém que investe na Bolsa de Valores, a economia comportamental pode trazer aprendizados importantes.

Ao identificar padrões de comportamento, torna-se possível aprender com eles e se treinar para fazer escolhas melhores no futuro.

Um bom exemplo dessa relação da com finanças e investimentos pôde ser visto quando falamos de bear market aqui no blog. Nesse post, mencionamos como muitos investidores se deixam levar por um efeito manada durante a fase de pânico do mercado, o que faz com que uma grande quantidade de pessoas saia no prejuízo.

Essa movimentação não é fundamentada em dados ou em um planejamento: reflete uma influência emocional, em que as pessoas buscam confirmação das suas crenças na atitude de outros indivíduos. A economia comportamental também explica muitos outros comportamentos, sendo uma área de estudo bastante extensa.

Ainda não está usando o C6 Bank? Baixe o app, abra sua conta digital, peça seu cartão sem anuidade (sujeito a análise) com a cor que quiser e aproveite um banco completo com tudo em um só app.

Leia também: Economia doméstica: dicas para aplicar