• Início
  • Seu Bolso
  • Cheque Especial: o que é, quando usar e como não cair em dívidas

Cheque Especial: o que é, quando usar e como não cair em dívidas

Aprenda tudo sobre essa linha de crédito emergencial e saiba quando seu uso faz sentido.

Atualizado em

Tempo de leitura · 11 min

Publicado em

O cheque especial é uma linha emergencial de crédito automático oferecido por bancos para cobrir saldos negativos na conta corrente. Ela pode ser usada no caso de imprevistos financeiros, como um boleto fora do planejamento ou um gasto com saúde inesperado, por exemplo.

Neste guia completo, você vai entender o que é o cheque especial, como ele funciona, quais são os riscos e quanto custa usar essa linha de crédito. Também vamos mostrar alternativas e dicas para ajudar com o controle das finanças.

Leia outros conteúdos relacionados no blog:

O que é o cheque especial?

O cheque especial é uma linha de crédito emergencial automática associada à sua conta corrente. Funciona como um “limite extra” disponibilizado pelo banco quando seu saldo zera.

Embora seja utilizado para cobrir gastos inesperados, costuma ser uma das formas de crédito mais caras do mercado, já que não exige garantias e é liberado sem solicitação direta.

Limite e acesso

Ao contrário de outras linhas de crédito que exigem solicitação formal, o cheque especial é um limite pré-aprovado vinculado à conta corrente, pessoal ou empresarial. Ou seja, o banco analisa seu perfil e após o seu aceite é disponibilizado um valor para ser usado quando o saldo da conta zerar.

Como banco define o valor do limite?

O valor do cheque especial não é aleatório. Ele é calculado com base em critérios internos de análise de crédito, que podem incluir:

  • Renda mensal declarada ou movimentada na conta:
  • Histórico de crédito: como está seu score no mercado:
  • Relação com o banco: tempo de conta, uso de produtos como cartão ou investimentos;
  • Histórico de pagamentos: e eventuais restrições no CPF ou CNPJ;
  • Comportamento de uso: se você já usou o cheque especial e pagou em dia, é mais provável que tenha um limite maior.

Como o cheque especial funciona na prática

Na prática, o Cheque Especial é acionado automaticamente sempre que o saldo da conta corrente chega a zero e o cliente faz uma transação (saque, Pix, débito ou pagamento). Ou seja, você não precisa solicitar para começar a usar – se tiver o limite disponível e já tiver aprovado seu uso previamente, ele entra em ação de forma imediata.

Exemplo prático:

Imagine que você tem R$ 100 na conta e precisa pagar um boleto de R$ 250. Quando faz essa operação, o banco automaticamente e completa os R$ 150 restantes com o uso de seu limite do cheque especial.

O extrato da conta ficará com saldo negativo de R$ 150. Esse valor é considerado um empréstimo de curtíssimo prazo, e sobre ele começarão a incidir juros diários e IOF (Imposto sobre Operações financeiras), até que o valor seja integralmente devolvido.

Juros, taxas e IOF

Os juros são cobrados por dia de uso, e geralmente são apresentados em forma de taxa mensal ou anual. Para entender melhor:

  • Taxa mensal média do mercado: entre 7% e 8% ao mês;
  • Equivalente a mais de 150% ao ano.

Se você usar R$ 500 do cheque especial com uma taxa de 8% ao mês por 15 dias, os juros serão:

  • Juros diários aproximados: 0,40%
  • Cálculo: R$ 500 x 0,40% x 15 dias = R$ 30

Ou seja, ao final de 15 dias, você teria que devolver os R$ 500 usados do limite adicionados a juros de R$ 30, sem contar os tributos.

IOF

Além dos juros, o cheque especial tem incidência do IOF. Ele é calculado da seguinte forma:

  • 0,38% de IOF fixo, cobrado uma única vez na liberação do crédito:
  • 0,01118% de IOF por dia de uso.

Se você usar R$ 1.000 do cheque especial por 10 dias, por exemplo, o IOF será:

  • IOF fixo: R$ 3,80;
  • IOF diário: R$ 1.000 x 0,01118% x 10 dias = R$ 1,12;
  • Total de IOF: R$ 4,92.

Esse valor é somado ao custo final da dívida junto com os juros.

Custo total: juros + IOF

Para entender melhor sobre o custo real, é importante somar os dois encargos.

Simulação:

  • Valor usado: R$ 800;
  • Prazo: 20 dias;
  • Juros: 8% ao mês – 0,40% ao dia;
  • IOF: 0,38% + 0,01118% ao dia.

Resultado:

  • Juros: 800 x 0,40% x 20 = R$ 64,00
  • IOF: (R$ 3,04 fixo + R$ 1,79 diário) = R$ 4,83
  • Total a pagar: R$ 868,83

Prazos, pagamento e consequências 

O cheque especial pode parecer simples de usar, já que ele está disponível direto na conta e é acionado automaticamente. Mas entender quando os juros começam a contar, como o pagamento é feito e quais os riscos de inadimplência é fundamental para evitar o endividamento.

Quando os juros começam a contar?

Os juros do cheque especial começam a ser cobrados no primeiro dia útil após o uso do limite. Diferente do cartão de crédito, por exemplo, não há uma “fatura” com data de vencimento: o valor utilizado gera encargos diariamente até ser quitado.

Como funciona o pagamento do cheque especial?

O pagamento do valor utilizado no cheque especial acontece de forma automática, quando você recebe qualquer valor na conta, seja um Pix, TED, salário ou depósito em dinheiro.

Exemplo prático:

  • Você usou R$ 400 do cheque especial e ficou com saldo negativo;
  • Dez dias depois, recebe R$ 1.000 na conta;
  • O sistema automaticamente desconta o valor da dívida (R$ 400 + juros + IOF);
  • O restante é liberado como saldo positivo.

Essa mecânica garante que o banco recupere o valor emprestado rapidamente, mas pode reduzir o poder de compra do cliente no mês seguinte, caso ele não tenha se planejado.

Apesar de o cheque especial não ter um “prazo de vencimento” como em um empréstimo tradicional, os bancos costumam impor limites informais de tempo para uso contínuo do crédito, geralmente entre 30 e 90 dias.

Após esse período, se o valor não for quitado, o banco pode:

  • Encerrar ou suspender o limite;
  • Oferecer um parcelamento automático da dívida, com outra taxa de juros (geralmente inferior, mas ainda significativa);
  • Incluir o nome do cliente em órgãos de proteção ao crédito (como Serasa e SPC);
  • Bloquear parte ou todo saldo da conta corrente para quitar a dívida em aberto.

Quais as consequências de não pagar o cheque especial?

Não pagar o valor usado no cheque especial pode trazer consequências sérias para sua saúde financeira.

Consequências
O que pode acontecer
Acúmulo de juros compostos
Dívida cresce rapidamente em efeito bola de neve, pois os juros são aplicados sobre o saldo total acumulado.
Negativação do CPF/ CNPJ
Seu nome pode ser inscrito em órgãos como Serasa e SPC, o que dificulta acesso a crédito.
Bloqueio de conta
O banco pode reter parte dos valores que entrarem na conta para quitar a dívida.
Queda no score de crédito
Seu perfil se deteriora no mercado, o que dificulta o acesso a financiamentos, cartões e outros produtos.
Perda de acesso a outros produtos
Pode impactar a liberação de novos limites, como cartão de crédito, empréstimos e aumento do cheque especial.

Alternativas e como sair do cheque especial 

Se você usa com frequência o Cheque Especial ou sente que está entrando em um ciclo de dependência, é importante saber que existem formas mais saudáveis e baratas de lidar com imprevistos financeiros. O primeiro passo é entender que essa é uma linha de crédito emergencial, não uma extensão da sua renda.

Antes de buscar alternativas externas, vale adotar medidas simples que ajudam a evitar o uso constante do limite:

  • Organize seu orçamento: entenda para onde seu dinheiro vai e corte gastos não essenciais;
  • Acompanhe os saldos com frequência: no app do C6 Bank, você recebe alertas em tempo real e consegue identificar rapidamente se está perto do Cheque Especial;
  • Crie uma reserva de emergência: ela é seu “colchão financeiro” para cobrir despesas imprevistas sem recorrer a crédito caro;
  • Desative o cheque especial (se preferir): no app do C6 Bank, é possível desligar o limite para evitar o uso automático.

Modalidades de crédito com juros mais baixos

Caso precise de dinheiro e esteja considerando o cheque especial, vale comparar outras opções que costumam ter custo financeiro mais acessível:

Alternativa
Vantagens principais
Quando considerar
Empréstimo pessoal
Taxas menores, parcelas fixas, prazo de pagamento maior
Para organizar dívidas ou cobrir gastos maiores
Crédito consignado
Taxas mais baixas (com desconto direto na folha de pagamento)
Para quem é aposentado, servidor público ou CLT com convênio
Empréstimo com garantia
Taxas reduzidas, limite maior (com imóvel, carro ou investimento em garantia)
Para quitar dívidas caras ou fazer grandes movimentações
Parcelamento no cartão
Em emergências pontuais – pode ser mais barato que o cheque especial
Se o parcelamento for com juros baixos
Antecipação do saque-aniversário FGTS
Não compromete o orçamento mensal direto, com taxas inferiores a 2% ao mês.
Se você tem saldo no FGTS e precisa de crédito imediato

Como sair do cheque especial?

Se você já está no Cheque Especial e quer se livrar da dívida ou reduzir o risco de uso contínuo, siga estas orientações:

  • Pare de usar o limite

O primeiro passo é interromper o uso, evite fazer transações que aumentam o saldo devedor. Se necessário, desative o cheque especial no app.

  • Negocie a dívida com o banco

Se a dívida estiver acumulada, vale entrar em contato com o banco e solicitar o parcelamento do saldo devedor.

  • Considere a portabilidade de crédito

É possível transferir sua dívida de cheque especial para outro banco, com taxas menores. Essa estratégia é especialmente útil se você conseguir uma oferta de crédito com condições melhores.

  • Use parte da sua reserva ou décimo terceiro (se possível)

Se você tiver algum recurso extra, priorize quitar o cheque especial. Os juros compostos fazem a dívida crescer rapidamente, quanto mais cedo pagar menor o impacto.

  • Revise seu orçamento e defina prioridades

Uma boa organização financeira é essencial para sair do vermelho. Use ferramentas de controle de gastos ou planilhas para entender onde é possível economizar e evitar o mesmo problema no futuro.

Cheque especial do C6 Bank

No C6 Bank, o Cheque Especial é disponibilizado após análise de crédito e pode ser ativado e ajustado conforme a necessidade. O cliente escolhe o valor do limite, ativa ou desativa a qualquer momento pelo app, sem burocracia. Essa modalidade de crédito está disponível para pessoas físicas e jurídicas.

Você só paga juros e IOF sobre o valor e pelos dias em que usar. A primeira cobrança ocorre no 2º dia útil do mês seguinte, garantindo clareza e evitando surpresas.

Notificações em tempo real

Sempre que o Cheque Especial for utilizado você recebe um push ou SMS, além de visualizar o valor, dias em uso, juros e IOF acumulados na seção “Cheque Esp. Disponível” do app.

Clientes que façam parte da Experiência C6 Carbon e tenham o cartão C6 Black ou C6 Carbon (sujeito a análise) podem usar o cheque especial com 10 dias sem juros.

Dicas para uso consciente 

O cheque especial pode ser uma ferramenta útil em situações emergenciais e de curtíssimo prazo, mas seu uso deve ser feito com muita parcimônia. Por isso, aqui vão orientações práticas para utilizar esse recurso de forma inteligente e segura.

  • Use somente em emergências reais

Evite recorrer ao cheque especial para gastos cotidianos, como compras impulsivas ou momentos de lazer. O limite deve ser reservado para despesas inesperadas, como consertos urgentes, medicamentos ou atrasos pontuais na entrada de renda, por exemplo.

  • Acompanhe o saldo e juros diariamente

Atente-se ao app para checar o valor usado do Cheque Especial, o saldo disponível, os juros e IOF acumulados. Ative as notificações no app para receber alertas sempre que entrar no limite, isso ajuda a manter o controle e evita sustos no extrato.

  • Nunca use como extensão do salário

Tratar o cheque especial como parte do seu orçamento mensal é um erro comum. Isso cria uma falsa sensação de renda, que pode gerar um ciclo de endividamento progressivo. Lembre-se: esse dinheiro é emprestado, e não ganho.

  • Avalie outras opções antes de usar

Se tiver tempo para se planejar, compare alternativas como:

  • Empréstimos com prazos e taxas mais previsíveis;
  • Parcelamento de fatura de cartão (se a taxa for menor);
  • Antecipação do saque-aniversário do FGTS.

Perguntas Frequentes sobre Cheque Especial

O que acontece se eu não pagar o cheque especial?

A dívida cresce muito rapidamente por juros compostos, pode render multa, negativação no nome e até bloqueio de conta. Isso prejudica seu score e pode dificultar acesso a crédito no futuro.

Posso usar o cheque especial para pagar o cartão de crédito?

Em geral, não é recomendado. A troca de uma dívida cara por outra pode resultar em uma situação ainda mais onerosa. É mais seguro optar por portabilidade ou empréstimo com juros menores.

Como calcular os juros do cheque especial?

Multiplique o valor usada pelo número de dias e pela taxa diária (taxa mensal / dias úteis).

Qual o prazo para pagar o cheque especial sem juros?

No C6 Bank, clientes da Experiência C6 Carbon com cartão C6 Carbon ou C6 Black contam com 10 dias sem juros.

Parcelar o cheque especial vale a pena?

Pode ser útil como forma de renegociação, desde que você avalie a taxa aplicada e analise outras opções de crédito com juros mais baixos.

Cheque especial: cautela e planejamento

O cheque especial oferece acesso rápido a crédito automático em situações emergenciais, mas é uma das linhas mais caras do mercado e tem alto risco de se tornar uma armadilha financeira se usado sem parcimônia.

No C6 Bank, você tem transparência total, controle via app e facilidade de ativar ou desativar o limite. Explore esse e outros produtos financeiros mais saudáveis para ajudar na sua jornada.

Descubra outros conteúdos no blog:

 Informações sobre os produtos e serviços do C6 Bank vigentes na data da postagem deste texto. As regras e condições de cada produto e/ou serviço podem ser posteriormente alteradas. Consulte os termos vigentes no momento da contratação pelo app.   

Compartilhar