Como pagar o INSS como autônomo: passo a passo completo

Gostaria de entender, na prática, como começar a contribuir e garantir essas vantagens? Neste guia traremos um passo a passo prático de como fazer para pagar o INSS como autônomo. Também apresentaremos diferentes tipos de contribuição, simulações e diretrizes para a emissão da guia GPS.

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No Brasil, há cada vez mais trabalhadores por conta própria, seja como freelancer, profissional liberal, empreendedor ou prestador de serviços. Essa modalidade garante mais liberdade, mas, por outro lado, exige responsabilidades específicas. Uma delas é pagar o INSS como autônomo

Essa contribuição concede ao trabalhador o acesso a um tipo de seguro, com benefícios importantes, tais como aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade e pensão por morte.  

Gostaria de entender, na prática, como começar a contribuir e garantir essas vantagens?  Neste guia traremos um passo a passo prático de como fazer para pagar o INSS como autônomo. Também apresentaremos diferentes tipos de contribuição, simulações e diretrizes para a emissão da Guia da Previdência Social (GPS), documento usado para recolher as contribuições ao INSS.  

Quem é considerado autônomo contribuidor no INSS? 

Uma das categorias previstas na Previdência Social é a do contribuinte individual. Ela engloba o trabalhador que exerce atividade remunerada por conta própria ou quem presta serviços à uma empresa, sem vínculo empregatício formal. Aliás, até mesmo os que trabalham informalmente podem – e devem – contribuir. 

Então, pagam o INSS como autônomos: 

  • Profissionais liberais; 
  • Freelancers; 
  • Prestadores de serviços de profissão regulamentada e não regulamentada. 

Há também casos distintos, como o do Microempreendedor Individual (MEI). Este faz o pagamento mensal do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), no qual há o recolhimento para o INSS.  

Outra característica é que essa proteção previdenciária pode se estender a quem não exerce uma atividade remunerada, por meio da categoria de contribuinte facultativo. 

Quais são os tipos de contribuição e como escolher o ideal? 

Para contribuir para o INSS como autônomo, é possível escolher entre três modalidades que impactam na quantia a ser paga mensalmente e nos direitos previdenciários assegurados.  

Vale conhecer esses tipos de contribuição para encontrar o que mais se alinha ao seu perfil. 

1. Plano Normal ou Tradicional 

  • Alíquota: 20% sobre a renda do contribuinte, com valor entre um salário mínimo e o teto do INSS (R$ 8.157,41); 
  • O que permite: todos os benefícios e tipos de aposentadoria (tempo de contribuição e idade), com valores proporcionais ao que foi pago; 
  • Recomendado para: quem recebe mais que um salário mínimo e deseja se aposentar com valor superior ao piso previdenciário. 

2. Plano Simplificado ou Reduzido 

  • Alíquota: 11% do salário mínimo; 
  • O que permite: todos os benefícios e aposentadoria por idade, correspondente a um salário mínimo; 
  • Recomendado para: trabalhadores com renda baixa ou instável que desejam assegurar a proteção básica sem comprometer o orçamento. 

3. Plano Baixa Renda 

  • Alíquota: 5% do salário mínimo; 
  • O que permite: todos os benefícios e aposentadoria por idade, correspondente a um salário mínimo; 
  • Requisitos: estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), como é o caso de quem recebe o Bolsa Família; 
  • Recomendado para: aqueles que querem começar a contribuir com pouco para ter acesso aos benefícios previdenciários. 

Em resumo, para facilitar, entenda, a seguir, todas as diferenças entre os tipos de contribuição: 

Critérios
Normal
Simplificado
Baixa Renda
Alíquota
20%
11%
5%
Base de cálculo
Renda mensal declarada
Salário mínimo
Salário mínimo
Benefícios
Todos
Todos, limitados ao salário mínimo
Todos, limitados ao salário mínimo
Aposentadoria
Por idade ou tempo de contribuição
Por idade, limitada ao salário mínimo
Por idade, limitada ao salário mínimo

Como fazer a inscrição e obter o número do NIT/PIS? 

Antes de descobrir como pagar o INSS como autônomo, é preciso checar questões como a existência do Número de Identificação do Trabalhador (NIT), usado na emissão da guia de pagamento. Quem trabalhou com carteira assinada ou recebeu benefícios sociais, pode já ter esse documento, que leva o mesmo número que identificações como PIS, PASEP ou NIS. 

Portanto, vale checar se o trabalhador tem o NIT, presente na Carteira de Trabalho, no extrato do FGTS e no portal ou app Meu INSS. Caso não tenha, é possível se inscrever pela Central de Atendimento do INSS, no telefone 135, ou digitalmente: 

  1. Entre no portal ou no aplicativo Meu INSS
  1. Faça login na conta Gov.br
  1. No menu, selecione “Inscrever no INSS”; 
  1. Escolha a opção “Cidadão” e preencha as informações; 
  1. Ao final, o sistema gera seu número PIS/NIT. 

No cadastro, é importante ter atenção ao preencher os dados pessoais, como data de nascimento e nome completo, e profissionais, como atividade exercida. Além disso, será necessário selecionar o código de contribuição referente ao plano escolhido. 

Guia GPS - o que é, como emitir e onde pagar 

A Guia da Previdência Social (GPS) é um documento que permite à pessoa inscrita no INSS fazer seu pagamento como contribuinte individual nas modalidades: 

  • Plano Normal - representado pelo código 1007; 
  • Plano Simplificado - representado pelo código 1163; 
  • Plano Baixa Renda - representado pelo código 1929. 

Em suma, ela funciona como um boleto que pode ser pago via internet banking, caixas eletrônicos ou casas lotéricas. Com isso, faz-se o registro da contribuição no sistema da Previdência, algo necessário para acessar os benefícios.  

A emissão da GPS pode ser feita: 

  • Manualmente: mediante compra do carnê em papelaria e preenchimento com dados e código de contribuição; 
  • Digitalmente: pelo site da Receita Federal - com acesso ao gerador de GPS, onde se preenche PIS/NIT, competência, salário e código; pelo app Meu INSS - disponível para Android e iOS, com login via Gov.br; ou por bancos - pela Conta PJ do C6 Bank, por exemplo, é possível fazer a emissão do GPS e o agendamento do pagamento. 

Tabela de prazos e penalidades 

O pagamento da GPS deve ser feito até o dia 15 do mês seguinte ao da contribuição. No caso de atrasos, haverá cobranças que podem pesar no orçamento mensal, como multas de 0,33% ao dia (máximo de 20%) e juros que acompanham a taxa Selic.  

Para exemplificar, confira as simulações considerando o pagamento mensal mínimo para um contribuinte individual no Plano Normal: 

Mês trabalhado
Vencimento da GPS
Valor mínimo
Valor com 30 dias de atraso
Multa
Juros
Valor Final
Janeiro
15/02/2025
R$ 303,60
R$ 30,36
8,92%
R$ 361.04
Fevereiro
15/03/2025
R$ 303,60
R$ 30,36
7,96%
R$ 358,13
Março
15/04/2025
R$ 303,60
R$ 30,36
6,9%
R$ 354,91

Fonte: SAL - Sistema de Acréscimos Legais 

Exemplos de valores (2025) e simulações práticas 

Em 2025, o salário mínimo vigente no Brasil é de R$ 1.518. Esse valor servirá como base no cálculo da contribuição nos planos simplificado e baixa renda. Assim, os valores mensais mínimos são: 

  • Plano Normal - R$ 303,60; 
  • Plano Simplificado - R$ 166,98; 
  • Plano Baixa Renda - R$ 75,90. 

Para facilitar o entendimento, mostramos a seguir, a aplicação desses cálculos em outros cenários.  

Exemplos práticos
Autônomo com renda mensal  de R$ 1.500
Plano Simplificado (11%)
R$ 166,98 (base de salário mínimo)
Plano Normal (20%)
R$ 300
Autônomo com renda mensal de R$ 3.000
Plano Normal (20%)
R$ 600
Autônomo com renda mensal de R$ 8.000
Plano Normal (20%)
R$ 1.631,48 (teto previdenciário)

Essas simulações evidenciam como a escolha do plano e a base de cálculo interferem no valor da contribuição e nos benefícios previdenciários. Portanto, quem contribui regularmente com valores maiores tende a receber aposentadorias e benefícios mais robustos. 

Mantenha seus pagamentos corretos: retroativos e comprovação 

Para quem deixou de contribuir como autônomo, saiba que é possível regularizar os atrasos. O INSS permite o pagamento retroativo de até 5 anos pelo app ou site. A partir disso, é preciso comprovar a atividade remunerada com contratos, notas fiscais e declarações de imposto de renda. 

Aliás, guardar os comprovantes de pagamento da guia, além de outros recibos que provem a sua atuação é uma excelente prática. Esses documentos podem fazer a diferença em momentos de revisões e aposentadorias futuras. 

Como o C6 Bank PJ ajuda nesse processo 

O Brasil tem 25,9 milhões de trabalhadores por conta própria, segundo dados do IBGE. E a tendência é de crescimento: 59% dos brasileiros preferem ser autônomos a ter um emprego com carteira assinada, conforme pesquisa Datafolha

Com isso, as soluções práticas para esse público se destacam. Na Conta PJ do C6 Bank, estão disponíveis serviços como: 

  • Pix grátis ilimitado; 
  • Emissão de boletos e GPS via app; 
  • Agendamento de pagamentos; 
  • Histórico para controle; 
  • Notificações de vencimento. 

Para acessar ferramentas que ajudam a manter a regularidade e o histórico dos pagamentos previdenciários, abra sua Conta PJ no C6 Bank, sem tarifas e sem anuidade no cartão (sujeito a análise). 

Dúvidas comuns e comparativos práticos 

Confira as principais questões sobre como pagar o INSS como autônomo e um breve comparativo entre os tipos de contribuintes. 

1. MEI pode usar esse guia? 

Sim, mas a guia será usada para aumentar a contribuição do microempreendedor. Isso porque já há o recolhimento de 5% sobre o salário mínimo no pagamento mensal do DAS. 

2. Posso pagar INSS e não me aposentar? 

Sim. Dependendo do plano escolhido, é preciso atingir requisitos mínimos de idade ou de tempo de contribuição. 

3. Como saber se estou pagando certo? 

Confira sempre o código que consta na GPS antes de pagar e acesse os recibos no portal ou no app Meu INSS. 

Comparativos práticos
Tipo de contribuinte
Contribuição mínima
Aposentadoria
Atividade remunerada
R$ 75,90
Sim
Sim
Autônomo
Plano Normal: R$ 303,60; Plano Simplificado: R$ 166,98; Plano Baixa Renda: R$ 75,90.
Sim
Sim
Facultativo
Plano Normal: R$ 303,60; Plano Simplificado: R$ 166,98; Plano Baixa Renda: R$ 75,90.
Sim
Não

Se organize contribuindo como autônomo 

Ao pagar o INSS como autônomo, o trabalhador garante um seguro para momentos difíceis, como uma doença, e para seu futuro, com a perspectiva de uma aposentadoria.  

No entanto, para manter o acesso aos benefícios previdenciários, são essenciais a organização e a regularidade nos pagamentos. Para isso, é possível aproveitar as soluções digitais disponíveis, como as da Conta PJ do C6 Bank

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Abra sua Conta C6 Empresas e contribua para a Previdência Social com mais segurança e praticidade.