Gostaria de entender, na prática, como começar a contribuir e garantir essas vantagens? Neste guia traremos um passo a passo prático de como fazer para pagar o INSS como autônomo. Também apresentaremos diferentes tipos de contribuição, simulações e diretrizes para a emissão da guia GPS.
Atualizado em
No Brasil, há cada vez mais trabalhadores por conta própria, seja como freelancer, profissional liberal, empreendedor ou prestador de serviços. Essa modalidade garante mais liberdade, mas, por outro lado, exige responsabilidades específicas. Uma delas é pagar o INSS como autônomo.
Essa contribuição concede ao trabalhador o acesso a um tipo de seguro, com benefícios importantes, tais como aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade e pensão por morte.
Gostaria de entender, na prática, como começar a contribuir e garantir essas vantagens? Neste guia traremos um passo a passo prático de como fazer para pagar o INSS como autônomo. Também apresentaremos diferentes tipos de contribuição, simulações e diretrizes para a emissão da Guia da Previdência Social (GPS), documento usado para recolher as contribuições ao INSS.
Uma das categorias previstas na Previdência Social é a do contribuinte individual. Ela engloba o trabalhador que exerce atividade remunerada por conta própria ou quem presta serviços à uma empresa, sem vínculo empregatício formal. Aliás, até mesmo os que trabalham informalmente podem – e devem – contribuir.
Então, pagam o INSS como autônomos:
Há também casos distintos, como o do Microempreendedor Individual (MEI). Este faz o pagamento mensal do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), no qual há o recolhimento para o INSS.
Outra característica é que essa proteção previdenciária pode se estender a quem não exerce uma atividade remunerada, por meio da categoria de contribuinte facultativo.
Para contribuir para o INSS como autônomo, é possível escolher entre três modalidades que impactam na quantia a ser paga mensalmente e nos direitos previdenciários assegurados.
Vale conhecer esses tipos de contribuição para encontrar o que mais se alinha ao seu perfil.
1. Plano Normal ou Tradicional
2. Plano Simplificado ou Reduzido
3. Plano Baixa Renda
Em resumo, para facilitar, entenda, a seguir, todas as diferenças entre os tipos de contribuição:
Critérios | Normal | Simplificado | Baixa Renda |
---|---|---|---|
Alíquota | 20% | 11% | 5% |
Base de cálculo | Renda mensal declarada | Salário mínimo | Salário mínimo |
Benefícios | Todos | Todos, limitados ao salário mínimo | Todos, limitados ao salário mínimo |
Aposentadoria | Por idade ou tempo de contribuição | Por idade, limitada ao salário mínimo | Por idade, limitada ao salário mínimo |
Antes de descobrir como pagar o INSS como autônomo, é preciso checar questões como a existência do Número de Identificação do Trabalhador (NIT), usado na emissão da guia de pagamento. Quem trabalhou com carteira assinada ou recebeu benefícios sociais, pode já ter esse documento, que leva o mesmo número que identificações como PIS, PASEP ou NIS.
Portanto, vale checar se o trabalhador tem o NIT, presente na Carteira de Trabalho, no extrato do FGTS e no portal ou app Meu INSS. Caso não tenha, é possível se inscrever pela Central de Atendimento do INSS, no telefone 135, ou digitalmente:
No cadastro, é importante ter atenção ao preencher os dados pessoais, como data de nascimento e nome completo, e profissionais, como atividade exercida. Além disso, será necessário selecionar o código de contribuição referente ao plano escolhido.
A Guia da Previdência Social (GPS) é um documento que permite à pessoa inscrita no INSS fazer seu pagamento como contribuinte individual nas modalidades:
Em suma, ela funciona como um boleto que pode ser pago via internet banking, caixas eletrônicos ou casas lotéricas. Com isso, faz-se o registro da contribuição no sistema da Previdência, algo necessário para acessar os benefícios.
A emissão da GPS pode ser feita:
O pagamento da GPS deve ser feito até o dia 15 do mês seguinte ao da contribuição. No caso de atrasos, haverá cobranças que podem pesar no orçamento mensal, como multas de 0,33% ao dia (máximo de 20%) e juros que acompanham a taxa Selic.
Para exemplificar, confira as simulações considerando o pagamento mensal mínimo para um contribuinte individual no Plano Normal:
Mês trabalhado | Vencimento da GPS | Valor mínimo | Valor com 30 dias de atraso | ||
---|---|---|---|---|---|
Multa | Juros | Valor Final | |||
Janeiro | 15/02/2025 | R$ 303,60 | R$ 30,36 | 8,92% | R$ 361.04 |
Fevereiro | 15/03/2025 | R$ 303,60 | R$ 30,36 | 7,96% | R$ 358,13 |
Março | 15/04/2025 | R$ 303,60 | R$ 30,36 | 6,9% | R$ 354,91 |
Fonte: SAL - Sistema de Acréscimos Legais
Em 2025, o salário mínimo vigente no Brasil é de R$ 1.518. Esse valor servirá como base no cálculo da contribuição nos planos simplificado e baixa renda. Assim, os valores mensais mínimos são:
Para facilitar o entendimento, mostramos a seguir, a aplicação desses cálculos em outros cenários.
Exemplos práticos | ||
---|---|---|
Autônomo com renda mensal de R$ 1.500 | Plano Simplificado (11%) | R$ 166,98 (base de salário mínimo) |
Plano Normal (20%) | R$ 300 | |
Autônomo com renda mensal de R$ 3.000 | Plano Normal (20%) | R$ 600 |
Autônomo com renda mensal de R$ 8.000 | Plano Normal (20%) | R$ 1.631,48 (teto previdenciário) |
Essas simulações evidenciam como a escolha do plano e a base de cálculo interferem no valor da contribuição e nos benefícios previdenciários. Portanto, quem contribui regularmente com valores maiores tende a receber aposentadorias e benefícios mais robustos.
Para quem deixou de contribuir como autônomo, saiba que é possível regularizar os atrasos. O INSS permite o pagamento retroativo de até 5 anos pelo app ou site. A partir disso, é preciso comprovar a atividade remunerada com contratos, notas fiscais e declarações de imposto de renda.
Aliás, guardar os comprovantes de pagamento da guia, além de outros recibos que provem a sua atuação é uma excelente prática. Esses documentos podem fazer a diferença em momentos de revisões e aposentadorias futuras.
O Brasil tem 25,9 milhões de trabalhadores por conta própria, segundo dados do IBGE. E a tendência é de crescimento: 59% dos brasileiros preferem ser autônomos a ter um emprego com carteira assinada, conforme pesquisa Datafolha.
Com isso, as soluções práticas para esse público se destacam. Na Conta PJ do C6 Bank, estão disponíveis serviços como:
Para acessar ferramentas que ajudam a manter a regularidade e o histórico dos pagamentos previdenciários, abra sua Conta PJ no C6 Bank, sem tarifas e sem anuidade no cartão (sujeito a análise).
Confira as principais questões sobre como pagar o INSS como autônomo e um breve comparativo entre os tipos de contribuintes.
Sim, mas a guia será usada para aumentar a contribuição do microempreendedor. Isso porque já há o recolhimento de 5% sobre o salário mínimo no pagamento mensal do DAS.
Sim. Dependendo do plano escolhido, é preciso atingir requisitos mínimos de idade ou de tempo de contribuição.
Confira sempre o código que consta na GPS antes de pagar e acesse os recibos no portal ou no app Meu INSS.
Comparativos práticos | |||
---|---|---|---|
Tipo de contribuinte | Contribuição mínima | Aposentadoria | Atividade remunerada |
R$ 75,90 | Sim | Sim | |
Autônomo | Plano Normal: R$ 303,60; Plano Simplificado: R$ 166,98; Plano Baixa Renda: R$ 75,90. | Sim | Sim |
Facultativo | Plano Normal: R$ 303,60; Plano Simplificado: R$ 166,98; Plano Baixa Renda: R$ 75,90. | Sim | Não |
Ao pagar o INSS como autônomo, o trabalhador garante um seguro para momentos difíceis, como uma doença, e para seu futuro, com a perspectiva de uma aposentadoria.
No entanto, para manter o acesso aos benefícios previdenciários, são essenciais a organização e a regularidade nos pagamentos. Para isso, é possível aproveitar as soluções digitais disponíveis, como as da Conta PJ do C6 Bank.
Confira também:
Abra sua Conta C6 Empresas e contribua para a Previdência Social com mais segurança e praticidade.
Índice