Viagem para Bariloche: tudo o que você precisa saber

Entenda como se preparar para aproveitar esse destino especial da Patagônia argentina.

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Vai planejar uma viagem para Bariloche? O destino é um dos mais visitados da Argentina, principalmente durante o inverno, quando a região se transforma em uma paisagem de cartão-postal coberta de neve. Com atrações para todas as idades, é uma boa escolha para famílias, casais e viajantes em busca de experiências únicas. 

Mas Bariloche não é um lugar só para o frio: há muito o que fazer em qualquer época do ano. Conhecer o local é garantia de voltar com bons momentos na bagagem – e na memória. Caso queira aproveitar esse destino, preparamos aqui um guia com dicas práticas de roteiro, passeios, custos, além de soluções para economizar e aproveitar ao máximo sua estadia. 

Mas, antes, aproveite para ler também: 

Por que conhecer Bariloche? 

Bariloche fica na região da Patagônia argentina. Cercada por um cenário encantador, a cidade recebe os visitantes com lagos cristalinos, montanhas nevadas e florestas preservadas.  A paisagem impressiona durante todo o ano, aliás, do branco intenso do inverno às cores vibrantes do verão. 

A cidade oferece uma infraestrutura completa para o turismo, com estações de esqui, hotéis de diferentes padrões, ótimos restaurantes e atividades para todos os perfis. Bariloche também se destaca pela sua gastronomia de influência europeia, com destaque para os chocolates artesanais, cervejas locais e pratos com truta e cordeiro. 

É um destino versátil, ideal para quem busca natureza, esportes, relaxamento ou experiências culturais. Tudo isso com fácil acesso e sem a necessidade de visto para brasileiros. 

Melhor época para visitar Bariloche 

Apesar de ser bastante conhecida pela neve, Bariloche tem atrações o ano inteiro. O inverno (de junho a setembro) atrai visitantes em busca de neve, esportes como esqui e snowboard e o clima gelado das montanhas. Já verão (dezembro a março) transforma a paisagem: lagos e atividades ao ar livre ganham destaque, com temperaturas amenas e dias mais longos. 

A estação Cerro Catedral, uma das mais conhecidas da América do Sul, é o ponto alto para quem deseja esquiar ou brincar na neve. Por outro lado, no verão, é possível explorar trilhas, fazer passeios de caiaque e pedalar por paisagens deslumbrantes, com o verde intenso da região patagônica. 

Para facilitar a sua escolha, fizemos um comparativo das estações: 

Característica 
Verão (dezembro a março) 
Inverno (junho a setembro) 
Clima 
Entre 15° C e 25 °C. 
Entre -5° C e 8° C. 
Cenário 
Lagos cristalinos, vegetação intensa 
Montanhas nevadas e florestas cobertas de branco 
O que fazer? 
Trilhas, caiaque, passeios de barco e ciclismo 
Esqui, snowboard e trenós para a criançada. 
Intensidade de temporada 
Alta no final do ano e média nos demais meses 
Alta durante a temporada de neve 
Tipo de roupas 
Leves + agasalho para a noite 
Térmicas e impermeáveis. 
Preço médio da diária por pessoa 
A partir de R$ 200 (baixa a média temporada) 
A partir de R$ 350 (alta temporada de inverno) 

Legenda: Esses valores são estimativas baseadas em hospedagens padrão (como pousadas e hotéis 3 estrelas). 

Como chegar a Bariloche 

Bariloche possui um aeroporto próprio, o Aeropuerto Internacional Teniente Luis Candelaria (BRC), localizado a cerca de 14 km do centro da cidade. Do Brasil, há  voos diretos saindo de São Paulo, principalmente em alta temporada, com duração média de 4h45.  

Há também a possibilidade de fazer conexões em Buenos Aires. Nesse caso, o passageiro chega ao aeroporto Ezeiza (EZE) ou Aeroparque (AEP) e, depois, embarca em um voo doméstico até Bariloche. Apesar do tempo de viagem maior, essa opção costuma ter preços mais acessíveis, o que é uma boa pedida para quem deseja economizar em passagens.  

Para entrar na Argentina, brasileiros não precisam de visto nem passaporte. Basta apresentar um RG em bom estado e com menos de 10 anos de emissão. No entanto, se você tiver passaporte válido, ele também é aceito. 

Ao desembarcar, é possível seguir até a hospedagem de táxi, transfer, aplicativos de transporte. Para quem deseja explorar os arredores da cidade com mais liberdade, optar por um carro alugado costuma ser uma ótima alternativa.  

Onde ficar em Bariloche 

Se você não sabe onde ficar em Bariloche, é importante escolher o local de acordo com as experiências que deseja viver na cidade. A cidade oferece regiões com perfis variados, que atendem desde quem busca praticidade até quem quer contato com a natureza ou proximidade com as pistas de esqui.  

A seguir, conheça os principais bairros e para quem cada um deles é mais indicado: 

Centro de Bariloche 

Ideal para quem busca praticidade, está perto de lojas, restaurantes, mercados e do Lago Nahuel Huapi. É uma ótima opção para explorar a vizinhança a pé. Além disso, também bom para: 

  • Viajantes que preferem economizar com transporte; 
  • Mochileiros; 
  • Jovens em busca de agito urbano; 
  • Quem visita a cidade pela primeira vez. 

Cerro Catedral 

Melhor opção para quem viaja no inverno com o objetivo de esquiar. O bairro fica aos pés da estação de esqui mais famosa da cidade. 

  • Vantagem: acesso rápido às pistas; 
  • Indicado para: esquiadores, aventureiros, famílias com crianças pequenas; 
  • Importante: na alta temporada, a procura por hospedagens é grande, então vale reservar com antecedência. 

Lago Gutiérrez 

Ótima escolha para quem quer uma estadia mais tranquila, rodeada pela natureza, sem renunciar à mobilidade. 

  • Ideal para: casais, famílias em busca de sossego, viajantes que querem se desconectar; 
  • Boa relação custo-benefício para quem quer conforto sem estar no centro. 

Ainda na dúvida? Analisar o seu perfil de viajante também ajuda na escolha. Separamos algumas dicas: 

  • Casais: indicamos buscar cabanas e chalés perto das montanhas, com vista para a natureza; 
  • Famílias: chalés com infraestrutura mais robusta, incluindo cozinhas, são interessantes para acomodar todo mundo. Dê preferência a bairros mais calmos como Arelauquen ou Gutiérrez; 
  • Mochileiros e jovens: hostels têm preços mais atrativos. Há diversas opções no centro para quem gosta de movimentação e praticidade; 
  • Viajantes de luxo: há resorts incríveis perto do Nahuel Huapi, com spa, restaurante e serviços exclusivos; 
  • Aventureiros e esquiadores: as opções mais recomendadas são aquelas nas proximidades do Cerro Catedral. 

Roteiro de 7 dias em Bariloche 

Ficar sete dias em Bariloche é uma ótima ideia. Assim, você tem tempo de conhecer bem o local e viver diversas experiências inesquecíveis. A seguir, damos uma sugestão de roteiro para uma verdadeira imersão no destino. 

Dia 1: Chegada e passeio leve no centro da cidade 

Depois de fazer o check-in no hotel, recomendamos conhecer o centro de Bariloche. Aproveite para ir até a Rua Mitre, que é a principal via de compras da cidade. Você encontrará lojas charmosas, incluindo aquelas que vendem os famosos chocolates artesanais.  

Esse passeio pode incluir a Catedral de Nossa Senhora do Nahuel Huapi, que tem uma arquitetura gótica em pedra.  

À noite, que tal experimentar algumas delícias típicas da Patagônia? No centro, há diversas opções de restaurantes: você encontra cordeiro, truta e fondue, entre outros pratos. 

Dia 2: Circuito Chico e Cerro Campanário 

O Circuito Chico é um dos passeios mais tradicionais de Bariloche. Demora cerca de 4 horas para percorrer todo o trajeto. Por isso, reserve um dia para aproveitar ao máximo. O percurso contorna o famoso Lago Nahuel Huapi e passa por pontos inesquecíveis, como o mirante Panorâmico e a charmosa Capela San Eduardo.  

Na parada do Cerro Campanário, lá está ele: o teleférico. Do alto, fica ainda mais bonito apreciar lagos e montanhas que compõem uma paisagem digna de obra de arte. 

Dia 3: Cerro Catedral 

O Cerro Catedral é o maior centro de esqui do hemisfério sul. Por isso, sugerimos que você dedique um dia inteiro a ele. Bastante procurado no inverno, tem opções de pistas para iniciantes e esquiadores mais experientes. Aliás, as crianças também não ficam de fora. Basta alugar um trenó, por exemplo, e aproveitar.  

Todos os equipamentos estão disponíveis para locação. No verão, a neve dá lugar ao colorido da natureza. Sendo assim, a montanha se transforma em palco de trilhas e escaladas. 

E o melhor: com total infraestrutura ao redor. Você vai encontrar hospedagens, cafeterias e restaurantes deliciosos ao longo do ponto turístico. 

Dia 4: Isla Victoria e Bosque de Arrayanes 

Que tal fazer uma excursão de barco pelo Lago Nahuel Huapi? A saída acontece no Porto Pañuelo. E o primeiro destino é a Isla Victoria, que conta com diversas trilhas para quem gosta de aventura.  

A segunda parada é o Bosque de Arrayanes, localizado na Península de Quetrihué. Você vai se encantar com as árvores centenárias que possuem cascas alaranjadas. Sem dúvidas, o colorido toma conta dessa parte do passeio. Todas as trilhas têm boa sinalização, o que é perfeito para quem gosta de caminhadas mais leves. 

Dia 5: Cerro Otto e Piedras Blancas 

Separe a manhã para pegar o tradicional teleférico e subir o Cerro Otto. Ao chegar, você vai encontrar uma confeitaria giratória que oferece uma bela vista para a paisagem.  

Há também réplicas de esculturas. Tudo muito bonito, perfeito para atualizar as fotos de viagem nas suas redes sociais.  E a dica para aproveitar a outra parte do dia é ir ao parque Piedras Blancas, ideal para famílias. O que você vai encontrar por lá? Atividades como tubing, trenó e tirolesa. É mais tranquilo do que nas estações de esqui, ideal para crianças. 

Dia 6: Villa La Angostura (bate-volta) 

A cidade de Villa La Angostura fica a cerca de 80 km de Bariloche. Se puder alugar um carro, vale a pena ir até lá conhecer. Tem ruas arborizadas e arquitetura alpina. O centro gastronômico conta com restaurantes tradicionais, então, que tal parar para almoçar?  

Depois, você pode seguir até as praias de águas cristalinas. Se possível, espere um pouco para contemplar o pôr do sol: será uma experiência inesquecível. 

Dia 7: Compras, relaxamento e retorno 

Separe o último dia para comprar lembranças, como chocolates, cerâmicas e roupas de lã. Verifique também se o seu hotel disponibiliza massagens e outras atividades do gênero. É sempre uma ideia relaxar antes de pegar o avião de volta para casa.  

Se preferir contemplar mais um pouco de natureza, recomendamos voltar ao Lago Nahuel Huapi. Assim, você volta com uma ótima paisagem na memória. 

Pontos turísticos imperdíveis 

  • Separamos os principais atrativos turísticos de Bariloche para você não deixar nada importante de fora do roteiro:  
  • Centro Cívico e Rua Mitre: coração da cidade, com lojas, restaurantes e muitas confeitarias de chocolate artesanal; 
  • Lago Nahuel Huapi: ideal para caminhadas, passeios de barco e contemplação da paisagem; 
  • Circuito Chico: passeio panorâmico que inclui paradas estratégicas como o Punto Panorâmico, a Capela San Eduardo e o Cerro Campanário; 
  • Cerro Campanário: acesso por teleférico a um mirante com vista 360° das montanhas e lagos; 
  • Cerro Catedral: estação de esqui mais famosa da América do Sul. No verão, trilhas e escaladas; 
  • Cerro Otto: teleférico, confeitaria giratória e galeria com réplicas de obras de arte clássicas; 
  • Parque Piedras Blancas: atividades para a família como tubing, trenó e tirolesa; 
  • Isla Victoria: acessível por barco, com trilhas e mata nativa; 
  • Bosque de Arrayanes: passeio encantador por uma floresta única, com árvores de casca alaranjada; 
  • Villa La Angostura: cidade próxima a Bariloche, ideal para um bate-volta com belas paisagens e boa gastronomia. 

Com essas sugestões, você garante um roteiro completo que mistura aventura, natureza, relaxamento e cultura local. 

Quanto custa viajar para Bariloche? 

Os valores que você vai gastar dependem muito do seu perfil e do estilo de viagem que você procura. De modo geral, é possível viajar gastando entre R$ 4 mil e R$ 10 mil por pessoa. A seguir, mostramos estimativas com base nos perfis mais comuns:  

Viagem econômica (a partir de R$ 4 mil) 

Ideal para quem busca economizar sem desistir de conhecer os principais pontos turísticos. Inclui: 

  • Passagem aérea promocional com conexão (R$ 1.500 a R$ 2.000); 
  • Hospedagem simples (hostels ou pousadas) por cerca de R$ 170 a R$ 250 a diária; 
  • Alimentação básica e compras em supermercados; 
  • Passeios gratuitos ou contratados em grupos. 

Viagem intermediária (cerca de R$ 7 mil) 

Para quem quer mais conforto e flexibilidade: 

  • Voos com melhores horários ou diretos (R$ 2.000 a R$ 3.000); 
  • Hotel 3 ou 4 estrelas (R$ 300 a R$ 500 a diária); 
  • Refeições em restaurantes e cafés; 
  • Passeios pagos com agências e traslados privados. 

Viagem de luxo (acima de R$ 10 mil) 

Envolve experiências exclusivas e mais comodidade: 

  • Passagem aérea em classe executiva ou voo direto em alta temporada; 
  • Hospedagem em resorts ou hotéis boutique (R$ 600 a R$ 1.000 por noite); 
  • Restaurantes renomados, traslados privados e experiências personalizadas. 

Custo médio por item: 

Item 
Faixa de preço estimada (por pessoa) 
Passagens aéreas 
R$ 1.500 a R$ 3.500 
Hospedagem 
R$ 170 a R$ 700 por noite 
Alimentação 
R$ 40 a R$ 180 por dia 
Passeios e transporte 
R$ 300 a R$ 1.000+ 

Dicas extras para sua viagem 

Uma viagem inesquecível depende de muita organização e planejamento. Nessa etapa, você não pode esquecer de algumas soluções que vão deixar os dias de folga mais seguros e confortáveis. Mas o que falta? Damos as dicas na sequência. 

1. Faça um seguro-viagem 

Não é obrigatório para viagens a Argentina, mas recomendado. O motivo? Se você tiver qualquer problema de saúde ou em relação à sua bagagem, por exemplo, ele cobre os custos. 

2. Considere alugar roupas de neve 

Brasileiros dificilmente contam com roupas adequadas para a neve. Por esse motivo, para viajantes que não visitam com frequências regiões muito frias pode não ser muito vantajoso fazer essa compra.  

Uma dica nesse sentido é alugar roupas de neve em Bariloche, como calças impermeáveis, botas e acessórios. Geralmente, você encontra opções por diárias acessíveis e ainda libera espaço na mala. 

3. Use o cartão internacional e a C6 Conta Global do C6 Bank 

Aceito na Argentina, o cartão internacional do C6 Bank é prático e mais vantajoso do que comprar dólares, por exemplo.  

Com a conta internacional do C6 Bank, dá para converter as moedas sem precisar levar quantias em espécie, usar seu cartão em carteiras digitais e usufruir de todas as vantagens que oferecemos. 

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Conta internacional digital completa com câmbio 24h.

E aí, tudo pronto para começar o planejamento? Esperamos que tenha gostado das dicas! Aproveite para ler outros conteúdos que possam interessar também: 

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