Bolsa da Argentina: como funciona, qual é o índice e como investir

Com oferta de ações, títulos públicos e derivativos, a bolsa atende o público geral, empresas e instituições

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A bolsa da Argentina é a principal instituição do mercado de capitais local e cumpre um papel similar ao da B3 para o Brasil. Por meio dela, é possível acessar

o mercado argentino de ações, títulos públicos, derivativos, entre outros. 

Mas o que muitos não sabem é que não são apenas os investidores do país que podem aproveitar as oportunidades ali presentes. Existem ferramentas e instrumentos financeiros que permitem acessar o mercado argentino.

Acompanhe este artigo para compreender como funciona a bolsa de valores da Argentina, quais seus principais indicadores, o que é negociado nela e como investir.

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O que é a bolsa de valores da Argentina e qual seu nome oficial

A bolsa da Argentina é oficialmente chamada de Bolsas y Mercados Argentinos (BYMA) e desempenha um importante papel no cenário econômico do país.

Quando se tornou a sucessora do antigo Mercado de Valores de Buenos Aires, após fusão em 2013, ela promoveu a centralização e consolidação desse mercado.

Hoje, concentra todas as etapas envolvidas no setor, desde a listagem e a negociação até serviços pós-negociação, de forma a constituir um negócio integrado, diversificado e que abrange todas as classes de ativos.

A BYMA é uma das bolsas mais importantes na América Latina, juntamente com a brasileira B3, em São Paulo, e a mexicana BMV, na Cidade do México. E, assim como as demais, ela tem como responsabilidade garantir um acesso seguro a investimentos variados para o público em geral, empresas e instituições. 

Como funciona a bolsa da Argentina e o que é negociado

A negociação na bolsa da Argentina ocorre em horários específicos: de segunda a sexta-feira, das 11h às 17h, horário local. Entre os ativos negociados, destaque para ações, títulos públicos e obrigações negociáveis.

Além desses, estão presentes os Certificados de Depósitos Argentinos (CEDEARs) que são instrumentos financeiros usados para viabilizar o investimento em ativos não listados no país. 

Atualmente, existem 70 empresas listadas na BYMA de setores diversos, como energia, saúde, alimentos, telecomunicações, tecnologia e materiais.

Enquanto há oportunidades no mercado argentino, investir no país demanda uma análise cuidadosa, já que seu cenário econômico é marcado pela alta volatilidade.

Qual o índice da bolsa da Argentina? Conheça o S&P MERVAL

O principal índice local é o S&P MERVAL, que reflete o status das ações em negociação. Para quem deseja investir no mercado argentino, essa é a principal referência.

O nome é uma mistura que faz referência ao Mercado de Valores (de onde surge o Merval) e à organização responsável por esse indicador, a S&P Dow Jones Indices. OS&P MERVAL é calculado com base no desempenho das ações das empresas mais relevantes presentes na bolsa de valores

Para formar essa cesta de ativos, que é renovada a cada três meses, são considerados três fatores:

  • O valor de mercado das empresas e a sua participação na economia argentina;
  • O volume de transações nos últimos seis meses;
  • O valor de cotação das ações.

Atualmente, existem 22 companhias que compõem o índice e elas se concentram nos setores financeiro, de commodities, infraestrutura e energia.

Agora que conhece o índice, é importante também saber que na B3 existe um contrato futuro que permite negociar a expectativa para esse indicador: o Futuro de Índice S&P MERVAL

Ainda que o S&P MERVAL seja o principal, existem ainda outros índices que mostram o desenvolvimento das ações na bolsa da Argentina, como por exemplo:

  • Merval 25: considera os 25 papéis com maior liquidez de mercado, 
  • Burcap: composto pelas mesmas ações do Índice Merval, mas focado no valor de capitalização de mercado;
  • Índice General de BCBA: acompanha o desempenho das ações mais negociadas nos últimos meses.

Como investir na bolsa da Argentina a partir do Brasil

Existem várias maneiras de expor sua carteira de investimentos ao desempenho da bolsa da Argentina. No entanto, antes de investir, sempre analise o desempenho recente da bolsa. Épossível fazer a compra direta de ações das empresas listadas por meio de uma corretora de valores.

Adicionalmente, é possível acessar esse mercado de forma indireta.

BDRs e ETFs

Como exemplo, pela bolsa de valores brasileira, é possível investir em companhias argentinas pelos Brazilian Depositary Receipts (BDRs), que são certificados representativos de ações dessas empresas estrangeiras.

Outra possibilidade é investir nos chamados Exchange Traded Funds ou ETFs, que são um tipo de produto que replica a performance de índices ou mercadorias e oferecem diversificação da carteira.

Existe, ainda, uma aplicação que mistura ambos: os BDRs de ETF, que, como definido pela B3, são valores mobiliários emitidos no Brasil que tem como lastro cotas de ETFs emitidos no exterior.

Apenas para conhecimento, com fins ilustrativos, em abril de 2025, houve o lançamento do Global X MSCI Argentina ETF (ARGT39), que é um BDR de ETF com exposição exclusiva a companhias da Argentina. No caso, esse certificado está associado ao Global X MSCI Argentina — ETF listado na bolsa de Nova York.

Fundos de investimento

Por fim, e de maneira semelhante aos ETFs, é possível escolher fundos de investimento também com exposição no mercado argentino. A grande diferença aqui é que os fundos são geridos ativamente por profissionais especialista.

Então, como é possível concluir, acessar uma bolsa internacional diretamente não é um caminho único para investir em mercados de outros países ou para diversificar a carteira. Na realidade, existem muitos ativos disponíveis no Brasil, e de mais fácil acesso, que podem ajudar na diversificação de acordo com o seu perfil de investidor. 

Em resumo, a bolsa da Argentina tem grande importância na América Latina. Tem mais de 70 empresas listadas e abrange todas as classes de ativos.

Hoje, os brasileiros podem investir na BYMA, seja de forma direta (pela compra de ações com corretoras específicas) ou indireta, por meio de BDRs, ETFs e fundos que foquem no mercado do país. Porém, como em demais investimentos em renda variável, é preciso não só estar preparado para a volatilidade, mas também ficar atento ao cenário político e econômico da Argentina.

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Atenção: este conteúdo do blog possui caráter meramente informativo e não deve ser interpretado como recomendação quanto aos produtos e serviços indicados. Antes de investir, verifique se os produtos são adequados ao seu perfil de investimentos.

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