Diversificação com uma pitada a mais de praticidade: entenda como os fundos de investimento funcionam
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Em 2024, os fundos de investimento reverteram a queda observada nos últimos dois anos e fecharam o ano com captação líquida positiva, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Foram mais de R$ 60 bilhões captados, resultado impulsionado principalmente por fundos de renda fixa.
Para explicar melhor o que é fundo de investimento, além de detalhar quais são os tipos e o que é preciso levar em conta antes de começar a investir, o C6 Bank preparou este texto.
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Os fundos de investimentos funcionam por meio de cotas. Quando um investidor resolve aplicar seu dinheiro neste tipo de produto, ele compra a quantidade desejada de frações. A diferença entre a remuneração dos investidores será, portanto, calculada com base na quantidade de cotas de cada um.
Existe uma grande variedade de tipos de fundos de investimento, entre eles:
Quem se interessa por este tipo de investimento também deve saber que os fundos cobram algumas taxas:
Imagine um fundo que cobra taxa de performance de 20% e tem como referência 100% do CDI. Se no período acordado, o fundo apresentar resultado de 110% do CDI, sua aplicação foi melhor do que o esperado, certo? Neste caso, os 20% da taxa de performance vão ser cobrados apenas sobre os 10% de diferença entre o benchmark e o resultado real.
Outro ponto de atenção ao tratar de fundos de investimento é a temida declaração do Imposto de Renda. Acertar as contas com o Leão não é a tarefa mais fácil. A primeira coisa a saber é que o imposto incide apenas sobre a rentabilidade (e não sobre o patrimônio total).
Entenda como o IR incide nos fundos de investimento abaixo:
O famoso come-cotas também confunde muita gente. Ele funciona como uma antecipação do IR, mas incide apenas nos fundos de curto e longo prazo, de forma semestral. O desconto é referente à menor alíquota de IR (15%) e acontece no último dia útil de maio e de novembro.
Isso significa que no momento do resgate do rendimento de um fundo, é preciso fazer uma conta: o valor a ser pago é somente a diferença entre o IR que já foi descontado pelo come-cotas e a alíquota referente ao prazo da aplicação. Na plataforma de investimentos do C6 Bank, essa cobrança acontece automaticamente no momento do resgate, então o investidor já recebe o valor líquido de IR.
Já adiantamos alguns tipos de fundos de investimento, mas agora vamos detalhar o que é cada um deles.
Esse tipo de fundo costuma ser bastante voltado a pessoas com perfil de investidor mais conservador. Isso porque ele se dedica a produtos de renda fixa, sendo mais impactado por variações como a da taxa de juros, a Selic, que após sucessivos aumentos passou a 15%, maior patamar desde 2006.
Os fundos imobiliários ou FII caíram na graça dos brasileiros nos últimos anos e basicamente são fundos que investem em empreendimentos imobiliários. Eles permitem que o investidor aproveite os benefícios de aplicar em imóveis sem precisar comprar um de fato e ainda ter uma liquidez muito melhor.
Outra opção, desta vez para quem tem um perfil de investidor um pouco mais arrojado, é o fundo de ações. Neste caso, o patrimônio é majoritariamente investido em ações negociadas na Bolsa de Valores, a B3.
Assim como investir em uma ação é mais arriscado do que um CDB, por exemplo, quem aplica em um fundo de ações também corre mais risco do que quem investe em um fundo de renda fixa.
Os fundos multimercado podem agradar quem busca ainda mais diversificação na carteira. Isso porque esse tipo não se compromete a aplicar o patrimônio em um tipo só de setor, mas sim em vários, podendo conter no mesmo fundo ações, câmbio e ativos de renda fixa, por exemplo. Esse tipo de produto ainda fornece uma boa versatilidade, uma vez que pode se modificar com mais facilidade em diferentes cenários.
Nos fundos cambiais, o investidor ficará mais exposto justamente à variação de câmbio de moedas estrangeiras, tais como o dólar e o euro. Esses fundos são bastante usados como hedge cambial por investidores.
Uma das formas de investir em criptomoeda sem necessariamente precisar comprar alguma é por meio dos fundos de cripto. Com eles, o investidor pode trazer mais diversificação para a carteira, mas com um pouco mais de segurança, já que eles contam com a proteção de instituições regulatórias, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Anbima.
Para garantir o pleno funcionamento de um fundo de investimento, muitas pessoas são envolvidas. Entenda o que cada uma faz:
Gestor
Como já falamos bastante sobre o gestor do fundo, começamos por ele. Imagine um barco: o gestor seria o mesmo que o capitão, decidindo quais serão as estratégias adotadas. É quem decide quais os rumos do fundo de investimento, ou seja, como o patrimônio deverá ser alocado e em quais ativos. Também é papel do gestor prezar pelo retorno dos investimentos.
Custodiante
De onde saem os ativos escolhidos pelo gestor? Dos custodiantes. Eles são as instituições financeiras que abrigam os investimentos nos quais o gestor aplica o patrimônio do fundo. Ou seja: são as empresas que detêm as ações, ou os CDBs, por exemplo, em que o fundo investe. É de responsabilidade do custodiante fazer as operações de compra e venda.
Administrador
Essa é a figura que se responsabiliza pelo pleno funcionamento do fundo. Muito importante, o administrador (que pode ser uma empresa ou um grupo de empresas) deve garantir o cumprimento de normas legais e reportar como está a saúde dos investimentos tanto aos cotistas quanto para a CVM.
Auditor
Todos os documentos criados pelas partes citadas acima são analisados para evitar fraudes. O trabalho do auditor, que normalmente é uma empresa terceirizada contratada para fazer esse serviço, é analisar as demonstrações financeiras e outras papeladas do fundo para garantir que ele esteja dentro das normas de operação e que nenhuma contravenção seja feita.
Distribuidor
Investe ou pretende investir em um fundo? É com o distribuidor que você vai conversar. Ele irá vender as cotas do fundo, além de auxiliar a tirar dúvidas e questionamentos sobre os investimentos.
Sim, é seguro. Mas é preciso lembrar que investimentos não são livres de riscos. O que diferencia um ativo do outro é a exposição (maior ou menor) a ele. Por exemplo: se você aplicar em um fundo de renda fixa, o risco será relativamente menor do que um investimento em um fundo de ações que, como você já aprendeu, é baseado em ativos negociados na Bolsa de Valores e, portanto, mais volátil.
Outro risco que você corre ao investir em um fundo de investimentos, por exemplo, é o de liquidez. Ou seja: o período em que o investidor vai precisar esperar para ter o seu dinheiro na carteira de volta após liquidar a sua posição. Ao optar por um fundo de investimentos com baixa liquidez, você pode ficar com o dinheiro “preso” por mais tempo e, para uma reserva de emergência, por exemplo, essa pode não ser uma boa opção.
Aliás, por mais seguro que um fundo de investimentos seja, existem vários detalhes que quem opta por esse tipo de aplicação precisa observar antes de efetivamente investir o dinheiro. O principal é saber quais são os objetivos em mente para o investimento no fundo: quanto é esperado ter de retorno, qual a tolerância a perdas e se o prazo de investimento está dentro do desejado.
Já parou para pensar se conseguiria deitar a cabeça no travesseiro e dormir após ter visto seu investimento “derreter”? Esse é o tipo de pergunta que ajuda o investidor a ter uma ideia de qual a real tolerância a perdas. O suitability é um teste que pode ser muito útil neste momento. Ele é uma ferramenta importante para quem está nesta fase de análise dos investimentos para saber qual se adequa mais aos próprios objetivos.
Outro ponto importantíssimo para os futuros investidores é pesquisar sobre a gestora do fundo. Afinal de contas, é ela que vai gerenciar o seu dinheiro. Quem são os gestores, quais as estratégias de investimentos que eles adotam e qual o histórico do fundo: saber essas informações é essencial na tomada de decisão.
Mesmo que os fundos de investimentos não sejam aplicações nas quais os investidores precisam estar sempre acompanhando, consultar os documentos do fundo ainda é um passo fundamental. Isso não garante que o seu investimento será mais seguro, mas faz com que você se sinta mais confortável na tomada de decisão.
Na lâmina e no regulamento do fundo, o investidor vai encontrar informações como a aplicação mínima, as taxas, qual o prazo de carência e qual o retorno histórico. Aqui vale lembrar uma máxima do mundo dos investimentos: a rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros. Tenha isso sempre em mente. Essas informações são úteis apenas como histórico.
Enfim, para o investidor se sentir mais seguro ao aplicar em um fundo, a dica é: pesquise, entenda o seu perfil e estude as opções. Se o produto estiver alinhado com os seus objetivos, vá em frente. Caso contrário, continue procurando. Do mais conservador ao mais arrojado, você certamente vai encontrar muitas opções – inclusive, aqui no C6 Bank temos fundos, CDB, ações e muitas outras.
Como falamos acima, o C6 Bank tem diversas opções de investimento, incluindo fundos. Quem optar por esta aplicação consegue fazer toda a operação de forma simples e rápida pelo aplicativo.
Confira a seguir o passo a passo de como investir.
Na modalidade self-service, você escolhe o fundo de investimentos por meio do aplicativo.
Uma das vantagens de investir pelo C6 Bank é que existem opções para todos os bolsos. Nossa plataforma tem fundos de gestoras premiadas e reconhecidas pelo mercado, para todos os perfis de risco e com investimento inicial a partir de R$ 20.
Além disso, há opções de fundos com liquidez imediata ou produtos para quem pode investir por um período mais longo. O investidor encontra centenas de opções de gestoras consagradas, com diferentes prazos e valores.
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Informações sobre os produtos e serviços do C6 Bank vigentes na data da postagem deste texto. As regras e condições de cada produto e/ou serviço podem ser posteriormente alteradas. Consulte os termos vigentes no momento da contratação pelo app.
Importante: Este conteúdo tem caráter meramente informativo e não deve ser entendido como recomendação de compra ou venda de ativos
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