No episódio do Macro Review, entenda por que o déficit nas contas externas preocupa e o que ele pode significar para o dólar e a economia brasileira.
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A conta corrente, que reúne todas as transações de renda, bens e serviços que entram e saem do país, acumula um saldo negativo de US$ 79 bilhões em 12 meses, o equivalente a 3,6% do PIB. Esse é o maior déficit desde 2015 e mostra que o país tem dependido cada vez mais de capital estrangeiro para se financiar.
No episódio #187 do Macro Review, entenda por que o déficit das contas externas do Brasil aumentou e o que isso pode significar para o preço do dólar e para a economia nos próximos meses
O dólar recuou para R$ 5,27 na semana passada, o menor valor em mais de um ano, refletindo a incerteza na economia dos EUA e os recentes cortes de juros por lá.
Mas, por aqui, os fundamentos contam outra história. O aumento das importações de bens de consumo e a valorização do real ampliaram o déficit externo, enquanto o investimento produtivo segue fraco. Isso indica que o Brasil tem importado mais para sustentar o consumo, e não para ampliar a produção. O que torna o país mais vulnerável a mudanças no cenário global.
Na nossa visão, o dólar deve voltar a se valorizar no próximo ano. A projeção é que a moeda americana encerre 2026 em torno de R$ 6, refletindo o rumo dos juros, o endividamento público e a piora do balanço externo.
A economia brasileira recuou 0,1% no terceiro trimestre, puxada pelos juros ainda altos e pelo crédito restrito. Apesar disso, o setor de serviços cresceu 0,9%, mostrando alguma resiliência do consumo.
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