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Isenção do IR: qual o impacto na economia? | Podcast Macro Review 

Entenda no podcast de economia do C6 Bank as mudanças e os desafios da nova proposta de reforma do Imposto de Renda aprovada pela Câmara dos Deputados.

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A Câmara aprovou, por unanimidade, o projeto que amplia a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês e cria um imposto mínimo para pessoas de alta renda. A medida, que ainda precisa passar pelo Senado, busca redistribuir o peso dos tributos no país e compensar a perda de arrecadação com uma cobrança maior sobre os mais ricos. 

No episódio #183 do Macro Review, você entende o que está por trás da nova proposta do Imposto de Renda e quais são os impactos esperados na economia brasileira. 

O que muda na prática  

A nova faixa de isenção beneficiará diretamente milhões de brasileiros que recebem até R$ 5 mil por mês, além de descontos previstos para os que recebem até R$ 7.350.  

Outra mudança nesse processo é que, quem ganha mais de R$ 600 mil por ano, passará a ser tributado com base em todas as fontes de renda, incluindo lucros e dividendos, hoje isentos. 

Além disso, quem receber mais de R$ 50 mil por mês de uma mesma empresa deixará de ter isenção. Se o valor pago de IR for menor que o imposto mínimo calculado, o contribuinte terá de complementar a diferença. 

Caso o Senado aprove o texto até o fim do ano, as novas regras passam a valer para o ano-calendário de 2026. 

Impactos fiscais e econômicos  

O governo estima uma perda de arrecadação de R$ 31,2 bilhões por ano com as isenções, mas espera compensar com a tributação adicional sobre rendas elevadas. Ainda assim, exceções incluídas no texto, como a manutenção da isenção para LCI e LCA, reduzem a receita esperada.  

 Apesar da incerteza fiscal, a medida deve estimular o consumo. Um contribuinte com renda mensal de R$ 5 mil economizaria cerca de R$ 4.350 por ano, o que tende a impulsionar a atividade econômica. O efeito pode adicionar 0,3 ponto percentual ao PIB em 2026, segundo estimativas da equipe econômica do C6 Bank.  

O lado negativo, no entanto, é que o aumento no consumo pode pressionar a inflação, dificultando o trabalho do Banco Central, que mantém a Selic em 15% para conter os preços. 

A carga tributária no Brasil está próxima da média da OCDE, em 35%. Entre os países emergentes, como Chile, Colômbia e México, esse número costuma ser bem menor.” Claudia Moreno, Head Brasil da equipe econômica do C6 Bank. 

#183 | ISENÇÃO DO IR: QUAL O IMPACTO NA ECONOMIA?

Entenda também no #MacroReview dessa semana  

Além de ficar por dentro dos rumos fiscais da economia brasileira, você também entenderá mais sobre: 

  • Economia esfriando aos poucos: Dados recentes do IBGE mostram crescimento de 0,1% nos serviços, 0,9% no varejo e 0,9% na indústria em agosto, indicando desaceleração da atividade.  
  • Precatórios sem impulso: Apesar da liberação de mais de R$ 60 bilhões em precatórios, o efeito sobre o PIB foi limitado. 

Para ouvir as análises na íntegra no Spotify, basta buscar Macro Review ou   

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