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Juros nos EUA: após três cortes, o que vem pela frente? 

O Fed encerra 2025 dividido, projeta uma economia mais forte em 2026 e indica um ciclo moderado de cortes de juros. Entenda no Podcast Macro Review

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A taxa básica de juros dos Estados Unidos voltou a cair. O Federal Reserve reduziu o juro em 0,25 ponto percentual na última reunião de 2025. Foi mais uma decisão marcada por divergências internas, algo que tem sido recorrente ao longo do ano. 

No episódio #191 do Macro Review, entenda o que esperar da política monetária americana em 2026 depois de três cortes em 2025

Mundo: o dilema continua 

O Federal Reserve encerrou 2025 promovendo mais um corte, deixando os juros no intervalo entre 3,5% e 3,75%. O movimento já era esperado pelo mercado, mas as incertezas sobre os próximos passos seguem grandes

Nas últimas reuniões, ficou evidente a diferença de visão entre os diretores do Fed. A decisão mais recente não foi unânime: 

  • Austan Goolsbee e Jeffrey Schmid votaram por manter os juros; 
  • Stephen Miran defendeu um corte maior, de 0,5 ponto percentual

Para entender o impasse, vale lembrar os dois objetivos do Fed: 

  1. Estabilidade de preços
  1. Máximo emprego

O problema é que esses objetivos têm caminhado em direções opostas: enquanto o mercado de trabalho mostra sinais de enfraquecimento, a inflação permanece distante de uma convergência confortável para a meta.  

Esse descompasso cria um dilema para o Fed. Reduzir os juros em ritmo mais intenso pode reacender pressões inflacionárias, e manter ou elevar as taxas, por sua vez, pode aumentar o risco de acelerar a deterioração do emprego. 

Brasil: Selic parada, por enquanto 

No Brasil, o Copom manteve a Selic em 15% na última reunião de 2025, a quarta decisão seguida sem mudanças. Segundo o comunicado, a política atual está “adequada para assegurar a convergência da inflação à meta”. 

Na nossa avaliação, esse tom indica maior confiança do Banco Central de que a inflação deve continuar desacelerando. 

A projeção do BC para o IPCA caiu de 3,3% para 3,2% no segundo trimestre de 2027, pouco acima da meta de 3%. Mas parte dessa melhora vem de fatores externos, como a queda do dólar e de commodities. 

Nossa projeção é que o IPCA termine 2026 em 5%, acima do limite da meta. 

Entenda também no #MacroReview dessa semana  

  • O que esperar de 2026: o Federal Reserve projeta uma economia americana mais forte; 
  • Mercados globais: por J.P. Morgan Asset Management. 

Você também pode ouvir análises na íntegra no Spotify, basta buscar Macro Review ou acessar neste link. 

#191 | O QUE ESPERAR DOS JUROS AMERICANOS EM 2026?

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