Crescimento da economia é suficiente para manter avanço de preços resistente, mesmo com juros altos. Entenda com o time de economia do C6 Bank
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A economia brasileira mostrou uma desaceleração já esperada no segundo trimestre de 2025. O Produto Interno Bruto (PIB) avançou 0,4% em relação em relação ao período anterior, bem menos do que os 1,3% registrados nos primeiros três meses do ano. O ritmo mais fraco não significa, porém, que os preços estarão sob menos pressão.
Neste episódio #177 do Macro Review, a equipe econômica do C6 Bank explica como o crescimento segue acima da capacidade do país e por que isso mantém o avanço dos preços resistente, mesmo com a Selic em 15%.
O consumo das famílias cresceu 0,5% no período, sustentado por medidas de estímulo do governo, como a liberação do crédito consignado privado com garantia do FGTS. Já os investimentos das empresas em máquinas e equipamentos caíram 2,2%, reflexo dos juros altos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) segue perto de 5% anuais e acreditamos que deve oscilar nesse patamar até o fim de 2026. A falta de ajustes mais firmes nas contas públicas reforça o descompasso: o Banco Central mantém os juros elevados para conter a inflação, enquanto as políticas fiscais estimulam o consumo e aquecem a atividade.
Em agosto, a criação de empregos nos Estados Unidos somou apenas 22 mil vagas, contra 79 mil no mês anterior. A taxa de desemprego, por sua vez, subiu de 4,2% para 4,3%, enquanto os salários avançaram 3,7% em 12 meses, o que mantém a pressão sobre os preços.
Apesar desse quadro, o Federal Reserve deve cortar os juros já na reunião de setembro. Na avaliação da equipe econômica do C6 Bank, esse movimento pode trazer riscos: se os preços continuarem pressionados, as expectativas de inflação podem piorar, o que elevará tanto o desemprego quanto a alta de preços no médio prazo.
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