ETFs internacionais, fundos e BDRs são algumas opções para o investidor que deseja ter exposição ao mercado chinês
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A bolsa de valores da China é uma referência no mercado financeiro global. Isso se deve à posição do país como segunda maior economia do mundo e à sua relevância em setores como tecnologia, energia e manufatura avançada.
Tanto é que investidores que buscam diversificação e exposição a mercados internacionais com alto potencial de crescimento estão sempre atentos às oportunidades nas bolsas de Xangai e de Shenzhen. O valor de mercado das ações chinesas ultrapassou 100 trilhões de iuanes (cerca de US$ 13,7 trilhões) pela primeira vez na história em 2025, com mais de 5.400 companhias listadas.
Nos últimos anos, a China tem ampliado o acesso de investidores estrangeiros por meio de programas como o Stock Connect, que integra as bolsas de Hong Kong, Xangai e Shenzhen, e o Qualified Foreign Institutional Investor (QFII), supervisionado pela China Securities Regulatory Commission (CSRC).
Esses fatores têm reforçado o papel da China como potência global também nos mercados financeiros. Assim, compreender como funcionam as bolsas chinesas, quais são seus principais índices e como brasileiros podem investir nesse mercado é essencial para quem busca exposição a uma das economias mais dinâmicas do mundo.
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Quando falamos em bolsa de valores da China, há duas principais: Bolsa de Xangai e a de Shenzhen.
Ambas são reguladas pela China Securities Regulatory Commission (CSRC) e são fundamentais para a economia do país. Porém, em relação à atuação, elas atendem perfis distintos de empresas e investidores, sendo praticamente complementares, como é possível notar nas seções abaixo.
Bolsa | Localização | Capitalização de mercado (2025) | Perfil de empresas listadas | Setores predominantes |
|---|---|---|---|---|
Bolsa de Xangai (SSE) | Xangai | Cerca de US$ 7 trilhões | Companhias de grande porte e estatais, ligadas a setores estratégicos | Finanças, energia, infraestrutura e indústria pesada |
Bolsa de Shenzhen (SZSE) | Shenzhen | Aproximadamente US$ 4 trilhões | Companhias privadas, de médio e pequeno porte, com foco em inovação | Tecnologia, manufatura avançada e serviços digitais |
Há também que se mencionar a bolsa de valores de Hong Kong ou Hong Kong Stock Exchange (HKEX), que é uma importante ponte entre mercado chinês e capital internacional. Embora seja relevante no cenário econômico mundial, ela não é considerada uma das principais da China porque está localizada no território autônomo de Hong Kong. Ou seja, ela funciona sob um sistema jurídico e regulatório diferente do aplicado na China continental.
Se quiser, também pode conferir quais são as 10 principais bolsas de valores no mundo.
A bolsa de valores da China possui características que a diferenciam de outros mercados do mundo. Além de operar com regras próprias e forte regulação estatal, o país oferece tipos de ações e mecanismos específicos para investidores estrangeiros. Entender essas particularidades é essencial para quem deseja investir em ações chinesas com segurança e estratégia.
Sendo assim, os ativos na bolsa de valores da China são classificados em dois tipos: A-shares e B-shares. Confira o quadro comparativo abaixo para entender as diferenças entre elas:
Características | A-shares | B-shares |
|---|---|---|
Moeda de negociação | Yuan (RMB) | Dólar (USD) ou dólar de Hong Kong (HKD) |
Acesso a estrangeiros | Restrita, somente via programa Qualified Foreign Institutional Investor (QFII) | Acessível a investidores estrangeiros |
Perfil de empresas | Empresas locais listadas nas bolsas de Xangai e Shenzhen | Empresas chinesas com foco em captação internacional |
As A-shares representam a maior parte das negociações e refletem a economia doméstica da China, enquanto as B-shares ampliam a integração do país ao mercado financeiro global.
Quem já investe sabe que os índices de mercado são referenciais importantes que mostram como está o desempenho das bolsas de valores. No Brasil, por exemplo, temos o Ibovespa como o principal indicador da B3, refletindo o comportamento das ações mais negociadas no mercado nacional. Já os principais índices da China são o SSE Composite, o SZSE Component e o CSI 300.
Há também o MSCI China Index, referência internacional que inclui ações listadas em Hong Kong e ADRs de empresas chinesas negociadas nos Estados Unidos.
Dada a relevância desse mercado, não é de surpreender que muitos brasileiros busquem como investir na China. E, neste sentido, existem alternativas disponíveispara quem deseja se expor ao mercado, mesmo que não seja atuando diretamente na bolsa de valores.
Uma das alternativas são os Exchange Traded Funds ou ETFs internacionais. Eles são fundos que focam em replicar o desempenho de índices de mercado, como os que apresentamos anteriormente. Inclusive, um bom exemplo é o ETF XINA11 que acompanha o MSCI China, o que significa que ele inclui ações chinesas de companhias de grande e médio porte.
Os Exchange Traded Funds (ETFs) replicam índices de mercado e são uma maneira prática de se expor à China. Um exemplo é o ETF XINA11, negociado na B3, que acompanha o MSCI China, reunindo empresas como Tencent, Ping An, BYD e China Mobile.
Os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) são certificados que representam ações de empresas estrangeiras negociadas no Brasil. Eles permitem investir indiretamente em companhias listadas fora do país, sem a necessidade de abrir conta no exterior.
Os fundos de investimento globais também oferecem acesso à China, com gestão profissional e diversificação geográfica. Alguns fundos multimercado e de ações incluem papéis de empresas chinesas ou ETFs que seguem índices do país.
C6 Global Invest possibilita investir em ativos internacionais que oferecem exposição ao mercado chinês. Esses instrumentos acompanham o desempenho de companhias e índices ligados à economia da China, permitindo diversificação internacional dentro de uma estratégia voltada ao longo prazo.
Investir em ações chinesas ou mesmo em ETFs internacionais quepode acompanham índices da China significa também acompanhar o crescimento de uma das maiores economias do mundo.
No entanto, não há apenas vantagens nesse tipo de exposição. Os riscos também estão presentes e devem ser considerados dentro de sua estratégia de investimento, visando manter o equilíbrio na sua carteira.
Oportunidades
Riscos
Antes de decidir investir na bolsa de valores da China, é importante lembrar que toda decisão de investimento deve estar alinhada ao perfil e aos objetivos financeiros de cada investidor.
Quem tem um perfil um pouco mais arrojado e busca diversificação internacional pode se beneficiar de uma pequena exposição ao mercado chinês. Com mais de US$ 13 trilhões em capitalização e mais de 5.400 empresas listadas, esse mercado oferece escala e potencial que poucos países conseguem igualar.
Por outro lado, é um ambiente que exige estratégia e atenção. A forte presença estatal, a complexidade regulatória e a volatilidade exigem que o investidor acompanhe de perto as mudanças econômicas e políticas do país, além de manter foco no longo prazo.
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Este conteúdo possui caráter informativo e educativo e não deve ser entendido como recomendação de investimento nos ativos mencionados. Antes de investir, verifique se os produtos são aderentes aos seus objetivos e ao seu perfil de investimentos.
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