O prejuízo ocasionado pelas fraudes de falsos advogados já alcançam a marca de 2,8 bilhões no Brasil. Entenda como identificar seus principais sinais
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Em novo golpe, criminosos se passam por advogados usando dados públicos de processos judiciais. Para criar abordagens convincentes, eles costumam fingir que representam escritórios de advocacia legítimos, citam informações sobre o caso, tudo com senso de urgência e em tom jurídico.
Segundo Presidente da OAB, Beto Simonetti, desde abril de 2025, foram pesquisados mais de 5,7 mil advogados não identificados na plataforma oficial da OAB, evidenciando a crescente desses casos.
Neste conteúdo, entenda como funciona o golpe do falso advogado, quais são os principais sinais de alerta e o que fazer se for vítima.
Para cuidar ainda mais segurança, entenda mais maneiras de se proteger:
Uma forma de fraude jurídica em que criminosos se passam por profissionais do Direito ou representantes legais, esse golpe tem como objetivo induzir a vítima a fazer pagamentos indevidos sob o pretexto de liberar valores, encerrar processos ou cumprir supostas exigências judiciais.
Em casos individuais, vítimas relatam perdas de milhares de reais em um único contato, com baixas chances de recuperação do dinheiro transferido.
Entenda o processo e evite a fraude antes que ela aconteça.
Primeiro, os golpistas acessam informações públicas disponíveis em sites de tribunais, diários oficiais e bases abertas. A partir dos dados de processos em aberto, eles identificam nomes das partes envolvidas e dos advogados que atuam no caso para criar mensagens personalizadas e diminuir possíveis desconfiança por parte da vítima.
A troca costuma ocorrer por ligação, mensagem ou e-mail, com linguagem formal e uso de termos jurídicos. É comum que o criminoso se apresente como advogado, assistente jurídico ou representante do escritório responsável pelo processo.
A abordagem costuma trazer um tom de urgência, com frases que indicam prazos curtos ou riscos de perda de valores. Em alguns casos, os golpistas enviam áudios, vídeos ou documentos falsos para reforçar a autoridade e pressionar a vítima a agir rapidamente.
O pedido geralmente se refere a algum valor do processo que a vítima teria disponível para receber, sendo necessária a transferência de uma “taxa de desbloqueio” para liberar os pagamentos.
Na etapa final, ocorre o pedido de pagamento. Os criminosos alegam a necessidade de quitar taxas judiciais, custas de cartório, honorários emergenciais ou valores para liberação de indenizações.
O dinheiro costuma ser solicitado via Pix ou transferência bancária, com justificativa de agilidade. Esse é um dos principais sinais de alerta, já que cobranças legítimas seguem procedimentos formais e canais oficiais. Por fim, o golpe é efetivado quando a vítima efetua a transferência.
Nesse caso, agir rápido é essencial para reduzir prejuízos e apoiar investigações. Confira as principais orientações:
1. Registre um boletim de ocorrência o quanto antes, com informações de todos os detalhes do contato, valores transferidos e dados fornecidos pelos golpistas;
2. Guarde todas as provas, como mensagens, e-mails, áudios, comprovantes de pagamento e números usados no contato. Essas informações ajudam na apuração do caso;
3. Avise imediatamente o banco para que sejam avaliadas medidas de bloqueio ou rastreamento da transação. Quanto mais rápido o aviso, maiores são as chances de mitigar perdas;
4. Comunique a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o tribunal relacionado ao processo. Essas instituições mantêm campanhas e canais específicos para lidar com esse tipo de fraude;
5. Por fim, busque orientação jurídica de um profissional de confiança para entender os próximos passos e evitar novos riscos.
A prevenção é a principal forma de reduzir o risco de cair no golpe do falso advogado. Algumas boas práticas ajudam a identificar tentativas de fraude com antecedência:
Se o contato em questão se diz uma empresa ou profissional representante do seu processo, é importante buscar um meio de comunicação oficial da empresa que o representa para confirmar informações.
Em outros casos, se o suspeito se coloca como advogado, é essencial checar se ele está regularmente inscrito no site oficial da OAB. Consulte informações de processos apenas em sites oficiais de tribunais. Links enviados por mensagens devem ser analisados com cuidado.
Desconfie de contatos que solicitam pagamento sem contrato formal ou comunicação prévia documentada. Não faça pagamentos antecipados sob pressão ou urgência. Situações legítimas permitem tempo para verificação.
Além dessas práticas, é importante que você utilize uma instituição financeira de confiança. O C6 Bank investe continuamente em ferramentas para apoiar clientes na prevenção a golpes. Entre os recursos disponíveis estão:
O golpe do falso advogado é uma fraude que explora dados reais e pressão emocional para causar prejuízos financeiros elevados. Entender como funciona, reconhecer sinais de alerta e saber o que fazer em caso de golpe são passos fundamentais para reduzir perdas. No caso do golpe do advogado, por exemplo, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) oferece uma cartilha com todas as informações dessas ocorrências para oferecer auxílio em caso de atividades suspeitas.
A prevenção começa com informação de qualidade e se fortalece com o uso de ferramentas adequadas. Ao usar os recursos de segurança do C6 Bank, como alertas no app, Locais Seguros e o Portal de Segurança, ganhe mais apoio para tomar decisões financeiras com tranquilidade.
Aproveite para se informar ainda mais sobre práticas de segurança:
Informações sobre os produtos e serviços do C6 Bank vigentes na data da postagem deste texto. As regras e condições de cada produto e/ou serviço podem ser posteriormente alteradas. Consulte os termos vigentes no momento da contratação pelo app.
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