Japão: dívida pública e inflação no radar

Entenda no podcast de economia do C6 Bank o que está por trás da virada política e econômica no Japão.

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O Japão vive um momento inédito em décadas. O país deve eleger Sanae Takaichi como a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra, após a renúncia do atual premiê, que perdeu apoio popular em meio ao descontentamento com a alta da inflação, entre outros fatores. 

A nova líder promete impulsionar o crescimento econômico com mais investimentos públicos e privados, mas enfrenta um obstáculo antigo: a dívida pública mais alta do mundo, equivalente a mais de 230% do PIB

No episódio #182 do Macro Review, você entende como o Japão chegou a esse ponto e os riscos de tentar acelerar a economia sem perder o controle das contas públicas. 

Inflação em alta muda o jogo no Japão 

Acostumados por décadas à estabilidade, os japoneses vivem agora uma nova realidade. Desde 2022, a inflação está acima da meta de 2% do Banco do Japão e chegou a 2,7% nos 12 meses até agosto.  

Itens básicos, como o arroz, se tornaram símbolos de descontentamento com o custo de vida: o preço do alimento quase dobrou entre 2024 e 2025. Esse incômodo se refletiu nas urnas: o Partido Liberal Democrata (LDP), que governa quase ininterruptamente desde os anos 1950, perdeu maioria no parlamento em julho. 

Com a tentativa de reverter a queda de popularidade, o LDP elegeu Sanae Takaichi como nova líder, com a proposta de dobrar o tamanho da economia japonesa em dez anos. Para a equipe econômica do C6 Bank, a ideia é, no mínimo, ambiciosa: 

Nos últimos 30 anos, o PIB do Japão cresceu 1% ao ano, em média. Nesse ritmo, levaria muito mais do que 10 anos para chegar no ponto desejado.  

No episódio, você entende por que esse plano é tão desafiador e quais fatores podem definir o sucesso (ou o fracasso) da nova estratégia japonesa.  

Desemprego vs. inflação: como pensa o Fed? 

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve cortou os juros em 0,25 ponto percentual em setembro, após nove meses de pausa. A ata da reunião mostrou uma preocupação crescente com o mercado de trabalho, que pode estar começando a perder força. 

Apesar disso, o Fed deve manter o plano de mais dois cortes em 2025, mesmo diante do shutdown parcial do governo americano, que tem atrasado a divulgação de dados econômicos. 

A persistência da inflação acima da meta e a perspectiva de um aumento nos preços de bens por causa das tarifas comerciais são fatores preocupantes – e deveriam levar o Fed a agir com cautela nas próximas reuniões. Na avaliação dos economistas do C6 Bank

Entenda também no #MacroReview dessa semana    

  • Mercados Globais por J.P Morgan Asset Management.   
  • No Brasil, o IPCA dá uma trégua;  
  • A derrota da MP do imposto sobre investimentos. 

#182 | O QUE ESPERAR DO NOVO GOVERNO JAPONÊS?

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