Em meio a incertezas globais, investidores buscam no ouro o porto seguro mais tradicional. Entenda no Podcast Macro Review
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O ouro voltou a bater recorde na semana passada, em mais uma alta que marca o ano de 2025. Desde janeiro, o metal acumula valorização de 43% no mercado internacional, em desempenho bastante superior ao índice de ações S&P 500. O movimento ganhou força após o Federal Reserve cortar os juros americanos e indicar novas quedas até o fim do ano.
No episódio #180 do Macro Review você entende por que a trajetória do ouro vai além da política monetária, já que o metal reflete uma busca global por segurança em meio a sinais de fragilidade da economia mundial.
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A valorização acelerada do ouro sinaliza desconfiança em relação a outros ativos. Questões geopolíticas, como a redução da posição da China em treasuries americanos e o aumento das compras de ouro, somam-se ao alto endividamento dos governos e às incertezas sobre a política econômica dos EUA.
Além disso, juros mais baixos tornam os títulos americanos menos atrativos, o que abre espaço para a fuga para o ouro. Historicamente, períodos de crise ou perda de confiança no dólar e em outras moedas fortes impulsionam o metal.
Foi assim na crise de 2008 e no início da pandemia em 2020. Agora, em 2025, o cenário de dúvidas fiscais, geopolíticas e monetárias repete o padrão.
Apesar dos cortes de juros, a inflação americana segue acima da meta. O núcleo do PCE acumula alta de 2,9% em 12 meses, pressionado pelos serviços. O desafio do Fed é equilibrar o combate aos preços com a preservação do emprego.
Na opinião dos economistas do C6 Bank:
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