Tesouro Direto: vale a pena investir agora?

Com juros elevados e cenário fiscal desafiador, o Tesouro Direto volta a chamar atenção dos investidores. Entenda como escolher títulos em linha com seus objetivos financeiros.

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Com as recentes mudanças nas taxas de juros e no cenário fiscal brasileiro, ainda vela a pena investir no Tesouro Direto? Esse investimento em títulos públicos de renda fixa, emitidos pelo próprio governo federal, tem uma forte correlação com o cenário fiscal e com a política monetária adotada pelo Banco Central.

Neste conteúdo, explicamos como a inflação e a taxa Selic afetam os diferentes tipos de papéis disponíveis, destacamos quais títulos estão mais atrativos neste momento e ajudamos você a entender se vale incluir (ou reforçar) esse investimento na sua carteira agora.

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Este conteúdo tem caráter exclusivamente informativo e não configura recomendação de investimento. Antes de tomar qualquer decisão, avalie seu perfil de investidor e, se necessário, consulte um profissional certificado.

O que mudou no Tesouro Direto em 2025?

Em 2025, os títulos do Tesouro Direto passaram por ajustes importantes. O principal deles é o aumento em suas taxas, tanto nos pós-fixados, quanto nos papéis atrelados à inflação e nos prefixados.

Essas variações refletem um cenário macroeconômico mais desafiador, com inflação persistente em alguns setores, incertezas fiscais e dúvidas sobre o ritmo de queda da Selic. O Banco Central tem adotado uma postura mais cautelosa, e o mercado já precifica a possibilidade de manutenção da taxa básica de juros em níveis elevados por mais tempo.

No Carteira C6 de Julho, Shauane Sampaio, especialista de investimentos do C6 Bank, explica que o C6 Bank manteve a posição zerada em ativos prefixados e reduziu a exposição em papéis atrelados à inflação de curto prazo, diante da expectativa de alívio temporário no IPCA com a valorização do real. Em contrapartida, a estratégia passou a priorizar títulos IPCA+ de médio prazo, que ainda oferecem boas oportunidades diante do cenário atual.

Já no episódio 166 do Podcast Macro Review, os economistas do C6 Bank reforçam que, mesmo com a desaceleração de alguns indicadores, o ambiente fiscal ainda gera desconfiança, o que dificulta cortes mais expressivos na Selic ao longo do segundo semestre.

Como a Selic impacta os títulos públicos?

A taxa Selic é a principal referência da renda fixa no Brasil. Ela influencia diretamente o comportamento dos títulos públicos:

  • Tesouro Selic: acompanha a Selic. Ideal para quem precisa de liquidez ou quer um colchão de segurança;
  • Tesouro Prefixado: oferece uma taxa fixa definida no momento da compra. Ganha atratividade quando o mercado acredita que a Selic vai cair no futuro;
  • Tesouro IPCA+: protege contra a inflação e oferece uma taxa real. Indicado para objetivos de longo prazo, como aposentadoria.

Quais são os títulos mais vantajosos hoje?

A escolha do melhor título depende do seu prazo de investimento e nível de tolerância ao risco. Apenas para conhecimento, com fins ilustrativos, confira abaixo exemplos de algumas oportunidades com base em taxas praticadas em julho de 2025:

Título
Taxa (ref. Jul/2025)
Indicado para
Tesouro Selic 2027
Selic + 0,10% a.a
Curto prazo, reserva de emergência
Tesouro Prefixado 2027
10,9% a.a
Médio prazo, com tolerância a oscilação
Tesouro IPCA+ 2035
IPCA + 13,5% a.a
Longo prazo, proteção contra inflação

Este conteúdo tem caráter exclusivamente informativo e não configura recomendação de investimento. Antes de aplicar seu dinheiro, avalie seu perfil de investidor e, se necessário, consulte um profissional certificado. 

Tesouro Direto ou outros investimentos de renda fixa?

É natural comparar os títulos do Tesouro Direto com alternativas como CDBs, LCIs e LCAs, especialmente quando se busca segurança e previsibilidade.

Produto
Liquidez
Imposto
Risco
Rentabilidade
Tesouro Direto
Diária (com D+1)
IR regressivo
Baixo
Moderada a alta
CDB
A depender do vencimento título
IR regressivo
Baixo
Pode ser superior dependendo do emissor
LCI/LCA
A depender do vencimento título
Isento
Baixo
Mais atrativa em prazos inferiores a dois anos

O Tesouro Direto se destaca pela segurança ao investir em títulos emitidos pelo governo federal, com baixíssimo risco de crédito e ampla aceitação entre investidores mais conservadores. Além disso, sua facilidade de acesso via C6 Invest, onde é possível começar com valores baixos, a partir de R$ 30, torna esses papéis acessíveis tanto para iniciantes quanto para quem já tem mais experiência.

Vale lembrar que, pelo app do C6 Bank, o investidor também encontra mais alternativas de renda fixa, como CDBs, fundos de renda fixa, LF e compromissadas, que podem complementar sua carteira de acordo com objetivos, prazos e perfil de risco.

Como investir no Tesouro Direto pelo C6 Invest

Investir no Tesouro Direto pelo C6 Invest é simples, rápido e totalmente digital. A seguir, o passo a passo:

  1. Acesse o C6 Invest no app do C6 Bank

No app, toque em “C6 Invest” no menu inferior para acessar a plataforma de investimentos integrada.

  • Avalie seu perfil de investidor
  • Navegue até “Investir” e depois “Tesouro Direto”
  • Escolha o título ideal

Analise os tipos disponíveis:

  • Tesouro Selic;
  • Tesouro Prefixado;
  • Tesouro IPCA+.
  • Informe o valor e (opcionalmente agenda a aplicação)

Insira o valor desejado (mínimo a partir de R$ 30 e, se quiser, agende a operação para uma data futura que exige saldo disponível na conta no dia escolhido.

  • Confirme e acompanhe sua aplicação

Investir no Tesouro Direto em 2025 vale a pena?

O Tesouro Direto segue como uma boa alternativa em 2025, especialmente para quem busca diversificação na renda fixa com foco em segurança e previsibilidade. Com a Selic ainda em patamar elevado e os papéis oferecendo taxas atrativas, o cenário atual pode ser estratégico para investidores que querem se aproximar de metas de médio e longo prazos.

Por exemplo, quem busca proteger o poder de compra ou complementar a aposentadoria costuma considerar os títulos atrelados à inflação (Tesouro IPCA+ de longo prazo). Já quem prioriza liquidez e reserva financeira tende a recorrer ao Tesouro Selic, enquanto os prefixados podem atrair quem tem visão mais definida sobre o cenário de juros futuros.

Leia mais sobre investimentos no blog do C6 Bank:

 Informações sobre os produtos e serviços do C6 Bank vigentes na data da postagem deste texto. As regras e condições de cada produto e/ou serviço podem ser posteriormente alteradas. Consulte os termos vigentes no momento da contratação pelo app.   

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