Como sair das dívidas: 7 passos financeiros e dicas para guardar dinheiro

Organização é fundamental para quitar as dívidas e passar a ter uma vida financeira saudável. Vamos aprender?

Atualizado em

Tempo de leitura · 8 min

Publicado em

Como sair das dívidas? Se essa pergunta ecoa diariamente dentro da sua cabeça, saiba que você não está só. Segundo um estudo do Serasa, havia 77 milhões de brasileiros endividados em maio de 2025, aumento anual de 6,1%.  

Por outro lado, a boa notícia é que é possível para reverter essa situação. Com organização, planejamento e foco existe a chance de recalcular a rota, tomar atitudes estratégicas e retomar o controle da sua vida financeira.  

Quer ajuda nessa jornada? A seguir, apresentaremos dicas para colocar tudo em ordem e, em seguida, começar a investir

Aproveite para ler também: 

Importante: Este conteúdo tem caráter meramente informativo e não deve ser entendido como recomendação de compra ou venda de ativos 

Passo 1 – Descubra quanto você realmente deve 

Compreender o valor total da sua dívida é o primeiro passo para começar a organizar as finanças. Em momentos de dificuldade, é comum que as contas se transformem em uma bola de neve difícil de sair, principalmente quando há juros envolvidos. 

Um dos sintomas da inadimplência é evitar encarar a situação de frente. Mas, reunir as quantias que você deve para bancos, empresas ou familiares, deixa a tomada de decisão mais fácil. A recomendação é centralizar essas informações em um só lugar, como uma planilha, para facilitar o processo. 

Além de ter a noção do todo para orientar as suas escolhas, você também entende o horizonte de tempo necessário para quitar cada uma das contas. É nessa etapa que é possível identificar quais dívidas consegue negociar e as que precisam ser pagas com mais urgência. 

Passo 2 – Conheça sua renda e seus gastos fixos 

Agora, é importante entender quanto você recebe por mês e quais são seus gastos fixos. Isso permite que você reorganize suas despesas para liberar um montante mensal, mesmo que pequeno, para quitar a sua dívida. 

  • Comece com a soma de todas as suas fontes de renda: salário, extras, bônus, etc.;   
  • Depois, liste os seus gastos fixos: aqueles que você precisa pagar todo mês, como: 
  • Conta de água, gás e luz; 
  • Aluguel; 
  • Condomínio; 
  • Seguros; 
  • Plano de saúde; 
  • Escola/faculdade; 
  • Conta de internet e TV; 
  • Serviços de streaming. 

Não esqueça de registrar também os gastos essenciais que podem ter valores variáveis, como supermercado, medicamentos e manutenção de veículos, entre outros.  

Passo 3 – Corte gastos que prejudicam o orçamento 

Depois de registrar tudo, será possível começar a ter uma noção real de quanto os gastos fixos “comem” do seu orçamento e quanto dinheiro vai embora por despesas desnecessárias.  

Aqui é o momento de rever alguns hábitos. Por exemplo: tem muitos serviços de streaming que não usa? É a partir dessa tomada de consciência que se torna viável tomar atitudes que vão poupar um pouco mais todo mês.  

Algumas sugestões fáceis de rever: 

  • Gastos com delivery: cozinhar costuma sair mais barato e ainda permite desenvolver uma habilidade interessante; 
  • Compras por impulso: já parou para pensar se são realmente necessárias? Evite adquirir coisas que não precisa e aposte no consumo consciente
  • Deslocamentos: se usa muito o serviço de carro por aplicativo, reveja e entenda se há necessidade. Sempre dá para diminuir; 

Dica extra: experimente fazer o “desafio de 7 dias sem gastos extras”. Funciona assim: você se compromete a passar uma semana pagando apenas os custos fixos. Ou seja, o essencial. É uma forma inteligente de rever hábitos de consumo

Passo 4 – Priorize as dívidas mais caras 

Como organizar as dívidas? Identifique aquelas com juros mais altos. Quanto maiores forem as taxas cobradas, mais rápido você deve quitar para evitar que eles “comam” ainda mais o seu dinheiro. Geralmente, são as do cartão de crédito ou cheque especial. 

Mas há quem prefira iniciar com valores menores para ter a sensação de alívio – e isso também funciona em vários casos. Existem diferentes métodos de priorização.  

Dois exemplos são o Avalanche, que sugere a quitação das dívidas com juros altos primeiro, e o Bola de Neve, que indica o pagamento de valores menores antes. Entenda esses métodos para sair das dívidas: 

Critério 
Método Avalanche 
Método Bola de Neve 
Ordem de pagamento 
Priorize as dívidas com juros mais alto. 
Priorize as dívidas de valores menores 
Objetivo principal 
Evitar gastos com juros. 
Ter motivação ao perceber que conseguiu resolver algumas dívidas. 
Perfil 
Pessoas focadas, com controle emocional. 
Indivíduos que precisam de motivação baseada em resultados. 
Vantagem 
Evita gastos com juros e, consequentemente, reduz significativamente o valor da dívida 
Garante sensação de progresso desde o início. 
Desvantagem 
A sensação de alívio demora mais para aparecer. 
Serão pagos mais juros no final das contas. 

O melhor a se fazer é entender e identificar a estratégia que faz mais sentido para sair das dívidas. Depois, comece a se preparar para o próximo passo: a fase da negociação

Passo 5 – Renegocie com credores e aproveite feirões 

Negociar as dívidas em atraso é uma boa alternativa. Para isso, é necessário entrar em contato com os credores e fazer propostas para renegociar o valor. Além disso, você também pode aproveitar os feirões de renegociação para conseguir condições melhores para quitar seus débitos. 

Ainda existe a possibilidade de substituir uma dívida com juros altos por uma que seja um pouco menor, por meio da portabilidade de crédito. Na prática, funciona assim: 

  • Se a instituição A cobra juros menores para o mesmo débito que você tem na instituição B, é possível pedir a portabilidade; 
  • Isso significa que a instituição A vai quitar a sua dívida com a instituição B e abrir uma nova, com juros mais favoráveis. 

Passo 6 – Crie o hábito de guardar mesmo que seja pouco 

Que tal tentar guardar? Comece com R$ 10 ou R$ 20 por semana. Isso representa o início de uma grande virada financeira. Até pode parecer pouco, que não fará a diferença, mas a verdade é que se trata de um grande passo. 

Esse tipo de atitude ajuda a reforçar essa sensação e mostra que é possível poupar.  

Passo 7 – Comece a investir com foco em segurança 

Comece seus investimentos com uma reserva financeira. Para isso, você deve escolher uma opção de liquidez diária e de baixo risco. Os motivos? Para poder movimentar a hora que precisar e ainda garantir que o seu dinheiro fique lá, intacto.  

Um exemplo é o CDB de liquidez diária, que permite fazer saques quando desejar e ainda é protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). 

Busque também plataformas confiáveis e seguras, com soluções para diferentes perfis, como o caso da plataforma C6 Invest

Invista com C6 Invest

Investimentos no Brasil e no exterior tudo em só app

Como sair das dívidas do cartão de crédito? 

As dívidas do cartão de crédito normalmente se enquadram na categoria dos juros mais altos. Por isso, é importante que consiga quitar esse débito o quanto antes. Listamos, a seguir, algumas dicas para ter uma boa estratégia: 

  • Renegocie com o credor: converse com a instituição financeira e analise a proposta que eles oferecerem; 
  • Use o cartão de crédito com moderação: se está no momento de renegociação com um credor, reflita sobre a real necessidade sempre que for fazer alguma compra a prazo; 
  • Pagamento à vista: digamos que tenha recebido seu 13º salário, então pense se vale a pena usá-lo para pagar a dívida. Normalmente, os juros cobrados em dívida de cartão de crédito são mais altos do que o rendimento que um investimento teria. Contudo, usar esse dinheiro extra para pagar a dívida à vista só vale a pena se você conseguir quitar todo o débito ou grande parte dele. Se esse não for o caso, deixe o dinheiro para sua reserva de emergência

E depois de quitar as dívidas: como começar a investir? 

Como comentamos, comece com uma reserva de emergência. E não é preciso guardar muito por mês. Iniciar investindo R$ 20 já é um grande passo. 

Inicie com a reserva de emergência 

Comece pela reserva de emergência. Como o próprio nome já diz, ela é voltada para cobrir gastos inesperados, como um carro que quebrou ou um reparo em casa, por exemplo. 

A reserva de emergência precisa estar investida em uma aplicação com risco baixo e de liquidez diária. Assim, evitam-se surpresas com alta volatilidade e tem o dinheiro disponível no momento que a emergência surgir.  

Ao montar sua reserva de emergência, o ideal é ter alguns meses de renda garantidos. Por isso, separamos os prazos ideais de acordo com algumas categorias. Descubra: 

  • Quantia referente a 3 meses de gastos para funcionários públicos; 
  • Renda de até 6 meses para funcionários com carteira assinada; 
  • Até 12 meses para trabalhadores autônomos ou PJ. 

Algumas aplicações adequadas: 

  • CDB de liquidez diária; 
  • Tesouro Selic; 
  • Fundo DI Simples. 

Invista com pouco e de forma constante 

Comece com valores baixos – a partir de R$ 20 você já consegue ter bons resultados. Crie metas pequenas e mensais, que você vai conseguir cumprir. 

Outra dica é recorrer a instituições confiáveis e com soluções para diferentes perfis, como é o caso do C6 Invest. Você encontra na plataforma diversos ativos para aplicar o seu dinheiro, entre renda fixa e renda variável. 

Diversifique com o tempo, conforme seu perfil 

Depois que você juntar dinheiro em sua reserva de emergência, pode partir para outros investimentos. Lembre-se que diversificar é a chave para aliar mais rentabilidade e segurança contra riscos. 

Para o processo de investimentos, o ideal é identificar os seus objetivos. Depois, trace metas que caibam no seu bolso e seja constante – guarde pequenas quantidades mesmo. O importante é não desistir. Assim, será possível a reserva de emergência e, quando ela estiver rendendo bons frutos, partir para outros voos. 

E aí, gostou do conteúdo? Aproveite para ler mais sobre planejamento financeiro em: 

Compartilhar