O que é sócio e qual seu papel em uma empresa  

Entenda quais são os tipos mais comuns de sociedade e como cada perfil pode influenciar o sucesso do seu negócio

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Ser sócio de uma empresa vai muito além de apenas investir dinheiro. Os sócios são peças-chave na estrutura e no crescimento de qualquer negócio, com funções que variam conforme o tipo de participação.  

Neste conteúdo, vamos explicar o que é e quais são os tipos mais comuns de sócios no contexto empresarial.  

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O que significa ser sócio no mundo dos negócios  

Sócio é quem entra em um negócio como parceiro, contribuindo com dinheiro, conhecimento ou trabalho para o crescimento da empresa.  

Já do ponto de vista jurídico, sócio é toda pessoa – física ou jurídica – que participa do capital social de uma empresa. Em resumo, o capital social é composto pelos recursos necessários para formar o valor inicial para que o negócio funcione. Assim, quem faz parte da sociedade contribui financeiramente e passa a ter uma parte da empresa, participando dos lucros e da tomada de decisões importantes.  

A importância estratégica dos sócios  

Os sócios não apenas financiam a criação ou expansão do negócio, mas também podem contribuir com decisões, estratégias e visão de longo prazo. Dependendo do acordo firmado no contrato social, eles podem exercer poder de gestão, ter direito a lucros e até responder juridicamente por obrigações da empresa.  

Compartilhar as responsabilidades administrativas de uma empresa entre diferentes sócios é uma alternativa popular no Brasil. Em 2022, empresas formadas apenas por sócios e proprietários correspondiam a 69,6% do total de empresas e outras organizações formais ativas, segundo as Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), divulgadas pelo IBGE.  

Conheça os principais tipos de sócios 

Cada tipo de sócio possui características e níveis diferentes de envolvimento com a empresa. Saiba os principais: 

Sócio proprietário: quem investe e detém parte da empresa 

O sócio proprietário é o tipo mais comum: ele aporta capital e, em troca, recebe participação nos lucros e nos processos decisórios, tudo com base no contrato social. Se duas pessoas abrem uma loja de roupas, e cada uma investe R$ 50 mil. Ambas se tornam sócias proprietárias com 50% do negócio cada. Sócio administrador: quem também toma decisões 

Além de investir, o sócio administrador também atua na gestão do negócio. É responsável por decisões operacionais e estratégicas. 

Sócio quotista: participação sem envolvimento direto 

O sócio quotista detém uma fração do capital social da empresa, chamada de “cota”. Essas cotas representam sua participação no negócio. Quanto maior o número de cotas, maior seu poder de decisão e participação nos lucros. Não existe um percentual fixo: tudo depende do contrato social e da distribuição acordada. 

Sócio majoritário e minoritário: quem manda mais? 

A distribuição de poder dentro de uma empresa costuma acompanhar a quantidade de cotas que cada sócio possui. 

  • Sócio majoritário: detém a maior parte das cotas, e por isso, possui mais poder nas decisões estratégicas; 
  • Sócio minoritário: tem participação menor e poder limitado, mas ainda mantém direito a lucros e voto em assembleias.  

Sócio honorário e remido: títulos simbólicos e especiais 

Nem todo sócio está envolvido diretamente na operação da empresa. Alguns recebem títulos mais simbólicos, como forma de reconhecimento ou por tempo de contribuição. 

  • Sócio honorário: título concedido em reconhecimento por contribuições relevantes, sem participação nos lucros ou obrigações; 
  • Sócio remido: geralmente vinculado a associações ou clubes, é aquele que já cumpriu todas as obrigações financeiras, mantendo apenas o título vitalício. 

Direitos e obrigações dos sócios em uma empresa  

O papel de um sócio pode exigir um envolvimento significativo em decisões, responsabilidades legais e compromisso com o crescimento do negócio. Por isso, é importante conhecer os direitos e as obrigações, que podem incluir deveres jurídicos e financeiros, a depender do tipo de sociedade. 

Participação nos lucros e nos riscos  

Sócios têm direito proporcional aos lucros da empresa. A divisão deve seguir o que foi combinado no contrato social. Ela pode ser mensal, trimestral, semestral ou anual, dependendo do acordo entre os sócios. Além disso, os valores só podem ser distribuídos se a empresa tiver saldo positivo após o pagamento de despesas, impostos e obrigações trabalhistas.  

No entanto, assumir os riscos do negócio também está entre as obrigações de uma sociedade. Em caso de prejuízo ou dificuldades financeiras, os sócios podem deixar de receber lucros e, dependendo do tipo societário, até precisar responder com seu patrimônio pessoal por dívidas da empresa. 

Poder de voto e decisões estratégicas 

O poder de decisão varia conforme o tipo de sócio e o contrato social. Sócios cotistas ou investidores que não atuam na administração nem sempre participam das votações do dia a dia. 

Esse poder é geralmente proporcional à participação no processo decisório da empresa. O poder de voto permite que os sócios influenciem em decisões como: 

  • Expansão do negócio: abertura de novas filiais, entrada em novos mercados ou aquisição de empresas; 
  • Alterações no contrato social: entrada ou saída de sócios, mudança no percentual de participação: 
  • Distribuição de lucros: definição da frequência e dos percentuais dos resultados financeiros. 

Responsabilidade jurídica e financeira 

As responsabilidades de administrar uma empresa variam bastante. Os sócios também têm responsabilidades legais relacionadas à gestão do negócio, ao cumprimento de obrigações fiscais, trabalhistas e regulatórias. 

O grau dessas responsabilidades também muda conforme o tipo de sociedade. Nas simples ou de responsabilidade ilimitada, os sócios podem responder pelas dívidas da empresa com seus próprios bens. Por isso, é fundamental escolher com cuidado o tipo jurídico da empresa no momento da constituição e revisar periodicamente os termos do contrato social. 

Passo a passo para se tornar sócio de uma empresa  

Se tornar sócio de uma empresa exige mais do que vontade de empreender. É preciso seguir etapas formais, firmar acordos e entender bem o funcionamento da sociedade.  

Como ingressar em uma sociedade?  

Entrar como sócio em uma empresa pode acontecer de diferentes formas: 

  • Fundando o negócio com outros empreendedores; 
  • Adquirindo um aparte de uma empresa já em funcionamento; 
  • Sendo convidado como investidor ou parceiro estratégico. 

Cada uma dessas formas exige cuidados jurídicos e uma análise criteriosa dos riscos e benefícios envolvidos.  

Documentos e acordos necessários 

É essencial firmar um contrato social, que é o documento oficial que regula a empresa, definindo responsabilidades, percentual de participação, funções, regras de saída e distribuição de lucros.  

Esse documento deve ser registrado na Junta Comercial do estado correspondente, informando o novo quadro societário e, se for o caso, os percentuais de participação atualizados. E, se aplicável, também o CNPJ e demais registros relacionados à atividade da empresa.  

Se a empresa for de capital fechado, as negociações são feitas diretamente entre os sócios e com base no valor da empresa. Já em empresas de capital aberto, esse processo envolve a compra de ações no mercado, com outras regras e exigências legais.  

O que observar antes de firmar uma parceria 

Antes de se tornar sócio de uma empresa, é essencial fazer uma análise cuidadosa. Saiba os principais pontos a observar: 

  • Objetivos e valores em comum: certifique-se de que os sócios têm metas parecidas e pensam de forma alinhada sobre o negócio; 
  • Perfil e histórico dos sócios: investigue a reputação e possíveis pendências jurídicas ou fiscais dos futuros parceiros; 
  • Contrato social bem definido: o documento precisa detalhar responsabilidades, divisão de lucros, regras para entrada e saída, entre outros pontos essenciais; 
  • Saúde financeira da empresa: se for uma empresa já em operação, analise documentos contábeis, dívidas e obrigações legais antes de entrar. 

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Seja sócio fundador, investidor ou administrador, é fundamental contar com ferramentas que simplificam a rotina empresarial. 

Ser sócio de uma empresa é um passo estratégico e cheio de possibilidades – mas também exige responsabilidade, planejamento e conhecimento.  

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