Inflação recua, mas pressões ainda desafiam o Banco Central. Entenda com a análise da equipe econômica do C6 Bank
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A inflação brasileira segue apresentando sinais de melhora. De julho para agosto, o IPCA-15 recuou de 5,3% para 4,95% no acumulado em 12 meses, atingindo o menor nível desde o início do ano. E, pela primeira vez desde julho de 2023, o Boletim Focus mostrou queda na projeção de inflação de 2027.
No episódio 176 do Macro Review, você entende se a economia aquecida, a pressão dos serviços e a incerteza fiscal tendem a manter os preços resistentes ou se esta melhora é passageira.
O IPCA-15 teve sua primeira deflação em mais de dois anos, com 0,14%. Contudo, o recuo foi puxado principalmente pela queda de quase 5% na energia elétrica residencial, efeito do bônus de Itaipu. Sem esse fator temporário, o índice teria subido 0,26%.
Além disso, a inflação brasileira ainda está acima da meta de 3% do Banco Central e do limite de tolerância de 4,5%.
Dois fatores explicam a recente desaceleração:
Apesar desse alívio, a inflação de serviços segue pressionada. Em agosto, a categoria subiu 0,5% no IPCA-15, acima da projeção de 0,33%. Em 12 meses, os serviços subjacentes aceleraram de 6,4% para 6,6%.
Esse movimento reflete uma economia aquecida e um mercado de trabalho forte, que sustentam preços e pressionam salários.
Outro ponto de atenção é a incerteza fiscal, que pode reduzir o fluxo de capital estrangeiro e enfraquecer o real. Na avaliação da equipe econômica do C6 Bank, esses fatores dificultam o retorno da inflação à meta.
Além de compreender a trajetória de preços no Brasil, neste episódio você também irá entender um pouco mais sobre a piora da inflação nos Estados Unidos.
Ouça o episódio completo no Macro Review
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