O que é alocação de ativos? Como usar a estratégia na hora de investir

A alocação de ativos pode equilibrar risco e retorno na sua carteira. Conheça os caminhos para a diversificação.

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A alocação de ativos, ou asset allocation, é uma das estratégias mais importantes para quem deseja investir com segurança e eficiência. Ela consiste em distribuir seu dinheiro entre diferentes classes de ativos, como renda fixa, ações e fundos, de acordo com seus objetivos e perfil de risco.

Para investidores, esse tipo de abordagem ajuda a evitar decisões impulsivas, reduzir perdas em momentos de instabilidade e equilibrar o potencial de retorno no longo prazo.

Neste artigo, você vai entender o que é alocação de ativos, por que ela é essencial para uma carteira diversificada e como colocá-la em prática com exemplos e estratégias que de se adaptam ao seu perfil.

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Importante: Este conteúdo tem caráter meramente informativo e não deve ser entendido como recomendação de compra ou venda de ativos.

O que é e como funciona a alocação de ativos

A alocação de ativos é uma estratégia que consiste em dividir seu o capital entre diferentes tipos de investimento, como renda fixa, ações e até títulos internacionais. O objetivo principal é equilibrar o risco da carteira e criar um portfólio menos volátil ao longo do tempo.

Em vez de concentrar todo o dinheiro em uma única classe de ativos, essa abordagem distribui os recursos de forma estratégica. Com isso, é possível reduzir o impacto de oscilações no mercado, proteger o patrimônio em cenários adversos e aproveitar oportunidades de crescimento em diferentes setores da economia.

Cada tipo de ativo responde de maneira diferente aos ciclos econômicos. Por isso, uma boa alocação ajuda a manter a carteira alinhada aos seus objetivos — mesmo quando o mercado passa por momentos de instabilidade.

Por que a alocação de ativos é importante?

Uma boa alocação de ativos é o que transforma uma carteira sem estratégia definida em uma estrutura pensada para o longo prazo.

Para investidores iniciantes e moderados, isso significa mais segurança, equilíbrio e controle de riscos. Já para os arrojados, é uma forma de assumir mais risco com consistência, aproveitando o potencial de retorno de forma inteligente e diversificada.

Entenda os principais benefícios:

1. Ajuda a diversificar de forma inteligente

Ao dividir seus investimentos entre diferentes tipos de ativos, como ações, títulos de renda fixa e fundos multimercado, você distribui os riscos. Assim, se um ativo se desvaloriza, outros podem compensar, diminuindo o impacto sobre o patrimônio total.

2. Equilibra risco e retorno de acordo com o seu perfil

Nem todo investidor tolera as mesmas oscilações. A alocação estratégica de capital possibilita a construção de uma carteira personalizada, combinando produtos mais conversadores com alternativas mais voláteis, de forma a buscar retornos dentro do seu nível de conforto.

3. Mantém a estratégia nos trilhos, mesmo em tempos instáveis

Quando o mercado passa por crises ou euforias, muitos investidores tomam decisões por impulso. A alocação atua como um “mapa de rota”: ela mantém a carteira alinhada aos seus objetivos e evita mudanças bruscas que podem prejudicar seus resultados no longo prazo.

Principais estratégias de alocação de ativos

Existem diversas formas de aplicar a alocação de ativos. Cada estratégia se adapta a perfis variados de investidor. A seguir, conheça as principais abordagens utilizadas por investidores:

1. Alocação estratégica: foco em estabilidade no longo prazo

Essa estratégia consiste em definir uma distribuição fixa entre os ativos da carteira e mantê-la ao longo do tempo. Por exemplo, um investidor pode optar por manter 60% em renda variável e 40% em renda fixa. Mesmo com oscilações no mercado, a composição permanece estável e exige apenas ajustes pontuais para rebalancear os percentuais.

Essa abordagem costuma ser adotada por perfis que valorizam previsibilidade e disciplina na alocação.

2. Alocação tática: ajustes pontuais conforme o cenário

Permite realizar mudanças temporárias na composição da carteira, de acordo com oportunidades identificadas no mercado. Um exemplo é aumentar a exposição em ações durante um período de baixa para antecipar uma possível recuperação. Essa abordagem exige análise constante do cenário econômico.

3. Alocação dinâmica: maior flexibilidade para ajustar a carteira

A distribuição dos ativos é adaptada com mais frequência, acompanhando mudanças relevantes no ambiente econômico, político ou setorial. Um investidor pode reduzir a participação em ativos internacionais em momentos de tensão global e aumentar a exposição em renda fixa local, por exemplo.

De modo geral, essa abordagem permite reagir a eventos de curto ou médio prazo, com o objetivo de manter a carteira alinhada a condições de mercado em constante evolução.

4. Alocação com ponderação constante

Busca manter uma proporção fixa entre as classes de ativos. Sempre que algum ativo ultrapassa seu percentual definido, o investidor realiza o rebalanceamento. Por exemplo, se ações ultrapassarem 50% da carteira, parte dessa posição é vendida para retornar ao equilíbrio.

Essa lógica ajuda a controlar oscilações e manter a carteira alinhada à estratégia definida.

5. Alocação segurada: ênfase na proteção de capital

Tem como foco proteger o capital principal. A maior parte do investimento permanece em ativos considerados seguros, como títulos públicos, enquanto uma fração menor é destinada a ativos mais voláteis. Essa estratégia é comum entre investidores conservadores que desejam limitar perdas. Assim, é uma abordagem associada à preservação patrimonial, com alguma exposição a oportunidades de retorno.

6. Alocação integrada: combinação de diferentes abordagens

Essa estratégia mescla elementos das demais. O investidor pode manter parte da carteira fixa com base na alocação estratégica, enquanto outra parte é ajustada taticamente. Essa abordagem oferece equilíbrio entre estabilidade e aproveitamento de oportunidades.

Como fazer uma alocação de ativos compatível com seus objetivos

Não existe uma fórmula única de alocação de ativos que funcione para todos. O mais importante é construir uma carteira alinhada ao seu perfil e às suas metas financeiras. A seguir, descubra quais aspectos costumam ser considerados nesse processo:

  1. Identifique o seu perfil de investidor: o primeiro passo é entender a sua tolerância a risco. Investidores conservadores tendem a priorizar renda fixa, enquanto arrojados podem assumir maior exposição à renda variável;
  2. Estabeleça seus objetivos financeiros: para fazer uma alocação adequada, é importante identificar seus objetivos financeiros e separá-los por prazo (curto, médio e longo). Essa categorização facilita a escolha dos ativos ideais para cada etapa da sua jornada financeira;
  3. Escolha as classes de ativos: cada classe de ativo responde de forma diferente a mudanças nos juros, na inflação ou no cenário internacional. Conhecer essas características ajuda a montar uma carteira mais resiliente e equilibrada.;
  4. Defina a proporção de cada ativo: selecione a estratégia de alocação que melhor se encaixa no seu perfil e objetivos. A distribuição ideal pode proporcionar estabilidade e aumenta o potencial de retorno no longo prazo.

Exemplo prático: como a alocação de ativos pode variar entre perfis

A seguir, confira dois exemplos hipotéticos que ilustram como uma carteira pode ser estruturada com base em diferentes objetivos e níveis de tolerância a risco. As porcentagens não representam uma fórmula ideal, mas sim possíveis caminhos dentro da lógica de alocação:

Perfil mais conservador

Tolerância a risco: baixa.

Objetivo: acumular patrimônio de forma segura ao longo do tempo, com liquidez e previsibilidade.

Alocação possível:

  • 70% em renda fixa como CDBs, Tesouro Selic, LCIs e LCAs;
  • 20% em fundos multimercado de baixa volatilidade;
  • 10% em previdência em fundos de ações.

Possíveis efeitos esperados: menor exposição a oscilações do mercado, com retornos previsíveis e baixo risco de perda.

Perfil mais arrojado

Tolerância a risco: alta.

Objetivo: maximizar ganhos no longo prazo.

Alocação possível:

  • 60% em renda variável local como ações, ETFs e BDRs;
  • 20% em fundos multimercados com estratégias arrojadas;
  • 10% em renda fixa;
  • 10% em ativos internacionais como fundos ou ações no exterior.

Possíveis efeitos esperados: potencial elevado de valorização no longo prazo, mas com oscilações mais intensas no curto prazo.

Vale lembrar que os exemplos apresentados são apenas ilustrativos e não constituem recomendação de investimento. Sempre consulte o seu assessor de investimentos ou um especialista antes de tomar decisões.

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